Atlético-MG lança campanha e Maria da Penha vai acompanhar o clássico
Certamente o clássico deste domingo, às 11h, entre Atlético-MG e Cruzeiro, pela 9ª rodada do Campeonato Mineiro, vai ser uma partida especial. Não apenas por ser o maior jogo do futebol de Minas Gerais, mas também pela presença de Maria da Penha no Horto. O clube lançou nesta sexta-feira uma campanha de combate à violência contra a mulher. “Não se cale” foi o nome dado à iniciativa atleticana, que conta com apoio Instituto Maria da Penha e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
“A campanha busca promover conscientização em torno do problema da violência contra a Mulher, ressaltando a importância de denunciar casos de agressão e procurar ajuda nos órgãos especializados”, explicou o Atlético através de seu site oficial.
A Lei Maria da Penha – Em 1983, enquanto dormia, Maria da Penha foi baleada por seu marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, o que a deixou paraplégica. Ela sofreu outras agressões e nova tentativa de assassinato pelo marido, desta vez por eletrocussão.
Maria da Penha procurou a Justiça e deixou a casa, com as três filhas. Dezenove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso apenas dois anos e foi solto em 2002.
O episódio chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica.
Em 2006, foi sancionada a Lei 11.340, que leva seu nome, Lei Maria da Penha, e cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Maria da Penha também é fundadora do Instituto Maria da Penha, uma ONG sem fins lucrativos de combate à violência doméstica e à violência contra a mulher.
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