Topo

Vai ter careta? R. Oliveira considera provocação normal: "apimenta o jogo"

Careta de Ricardo Oliveira nas comemorações é vista como provocação por alguns rivais - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Careta de Ricardo Oliveira nas comemorações é vista como provocação por alguns rivais Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

03/03/2018 04h00

Comemorar os gols fazendo uma careta virou uma espécie de marca registrada de Ricardo Oliveira. Apesar de o atacante não considerar como uma provocação, é assim que seus rivais encaram o gesto. Foi com esse sentimento que o Palmeiras foi para o duelo decisivo da Copa do Brasil de 2015, contra o Santos, então time de Oliveira.

A careta feita após o gol que deu o triunfo santista no primeiro jogo virou a motivação para palmeirenses antes do jogo da volta. E foi também motivo de muitas brincadeiras entre os atletas alviverdes após a conquista do título. Careta que Ricardo Oliveira fez novamente em um clássico paulista, dessa vez diante do Corinthians, no Brasileirão do ano passado.

“O futebol está muito chato. A careta faz parte. Não se pode fazer mais nada, comemorar o gol do jeito que quer. Não é desrespeito. Se você provoca, fala alguma coisa ofendendo, tudo bem... Mas quando quer fazer o gol e quer brincar, qual o problema? Futebol é alegria. As pessoas precisam entender. Futebol é gostoso por causa dessas brincadeiras. Respeito sempre teve, tenho muitos amigos lá, vocês viram depois do jogo a gente conversando. Futebol é isso, zoação, torcedor brinca quando a gente perde também. Futebol não pode perder essa alegria, já está chato em vários sentidos”, desabafou o atacante, em setembro do ano passado.

Neste domingo, Ricardo Oliveira tem mais um clássico pela frente. O primeiro com a camisa do Atlético-MG diante do Cruzeiro. No duelo válido pela 9ª rodada do Campeonato Mineiro, Galo e Raposa se enfrentam às 11h, no Independência. Antes de a bola rolar, a provocação já começou. Pelo menos parte do lado azul do clássico.

“Sempre que joguei no estádio do América, com a torcida do Atlético, quando termina escuto a torcida do Cruzeiro cantando”, provocou o argentino Lucas Romero, fazendo referências aos dois clássicos de 2016 disputados no Horto e vencidos pelo Cruzeiro.

Porém, o Atlético já soma quatro clássicos de invencibilidade. Sendo duas vitórias nos dois últimos encontros no Independência. Mas como vale é o momento, e nisso o Cruzeiro leva vantagem. Tem melhor campanha no Campeonato Mineiro, está na Copa Libertadores e tem também um time considerado mais forte do que o rival. Por esses fatores, Robinho não ficou em cima do murou e apontou a Raposa como favorito para o confronto deste domingo.

“O Cruzeiro sempre é o favorito. De todos os jogos que a gente joga, acho que a gente é favorito. Principalmente pelo futebol que estamos apresentando este ano”, comentou o camisa 19 celeste.

Provocação que certamente mexe com os torcedores na véspera do clássico. Mas não com Ricardo Oliveira, que vê as declarações dos cruzeirenses como algo normal. “Apimenta um pouco mais o jogo”, comentou o centroavante atleticano.

“Pelos anos já vividos, vejo que é normal. Isso apimenta o clássico e sempre existiu. É normal surgir algumas provocações. Faz parte de cada atleta, cada um fala o que quer e todo mundo tem o direito de falar o que pensa. Mas, dentro de campo é cada um defendendo seu time. Quero que esse clima fique para o espetáculo. E nós vamos buscar a vitória porque sabemos que precisamos vencer. Essas provocações são normais, apimentam um pouco”, disse o camisa 9 do Galo, sem revelar que vai ter careta ou não em caso de gol marcado no Cruzeiro.

“O clássico não precisa de motivação, ele já te proporciona isso pela história e pela rivalidade. Que fique dentro de campo. Tem que prevalecer o espetáculo, porque o futebol merece”.