Atlético-MG ganha força no clássico conduzido por gols de Ricardo Oliveira
Victor Martins
Do UOL, em Belo Horizonte
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Pedro Vale/AGIF
Ricardo Oliveira comemora gol do Atlético-MG contra o Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro
Quando desembarcou em Belo Horizonte para se apresentar ao Atlético-MG, as primeiras palavras de Ricardo Oliveira foram sobre a motivação em vestir a camisa alvinegra pelo desafio que tinha pela frente. Após anos de muito investimento, o Galo optou por uma política de contratações mais modesta e via no centroavante o nome ideal para conduzir o time. Se o começo de temporada foi com turbulências, a fórmula adotada pela diretoria do Atlético pode funcionar.
Neste domingo tem a partida final do Campeonato Mineiro. Graças aos gols de Ricardo Oliveira o Galo chega em vantagem diante do Cruzeiro, que na primeira fase somou 11 pontos a mais do que o time alvinegro. No clássico que será disputado no Mineirão, o Atlético pode perder por até um gol de diferença que será o campeão estadual, já que no primeiro jogo de Galo, que venceu por 3 a 1 e com dois gols de seu centroavante.
Cenário que parecia improvável até pouco tempo atrás. Competindo com um adversário que investiu muito mais em reforços para a temporada, o Atlético terminou a primeira fase 11 pontos atrás do rival. Além disso, o time alvinegro não apresentava um futebol tão bom como chegou a jogar o rival nas primeiras semanas do ano. Inclusive, o Cruzeiro venceu o clássico da primeira fase, no Horto, em um jogo em que foi superior. Os gols de Ricardo Oliveira mudaram o panorama e deixaram o Galo numa boa situação no Mineiro e também na Copa do Brasil.
Mas os gols de Ricardo Oliveira se tornaram mais frequentes desde que Thiago Larghi assumiu o comando técnico da equipe alvinegra. Antes, com Oswaldo de Oliveira, o centroavante havia marcado apenas um gol em quatro partidas. Naquele momento o Atlético apresentava um futebol ruim e tinha muitas dificuldades para jogar, mesmo contra adversários de pouca qualidade, vide os empates com Patrocinense e Atlético-AC.
Naquele momento, a equipe criava poucas oportunidades para Ricardo Oliveira. Foram somente dez finalizações nas primeiras quatro partidas. Já com Thiago Larghi, o camisa 9 passou a chutar muito mais vezes. Presente em 13 dos 14 jogos sob o comando do interino, Ricardo Oliveira viu a média de finalizações subir de 2,5 para 3,9 por jogo. O resultado foram oito gols marcados nas 13 partidas com Larghi.
"As individualidades vão aparecendo pela qualidade dos jogadores que a gente tem", analisou o centroavante, que é o goleador do Atlético na temporada, com nove gols.
A postura de Ricardo Oliveira fora de campo logo conquistou os demais jogadores do Atlético. Embora esteja na Cidade do Galo há pouco mais de três meses apenas, o centroavante é tratado como um dos líderes do elenco. "O Ricardo é um líder temos, dentro de fora de campo. Ele é muito respeitado por todos", comentou o zagueiro Gabriel, que destacou também o empenho do atacante durante os treinos e os jogos. "Até brinco com ele que a idade dele não é verdadeira".
Liderança que é vista pelos demais atletas em vários momentos. Desde as conversas no vestiário, as cobranças dentro de campo, orientações e conselhos aos mais jovens e as reuniões com os jogadores religiosos durante as concentrações. Pastor evangélico, Ricardo Oliveira sempre está pronto para ajudar os companheiros.
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