Cafusa ganha crítica de mexicano do Monterrey, mas tem aval de corintianos para o Mundial
Bruno Freitas e Bruno Thadeu
Do UOL, em Nagoya (Japão)
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REUTERS/Toru Hanai
Cafusa fez estreia oficial com chute sinuoso em gol do Hiroshima no Mundial da Fifa
Nos tempos pós-Jabulani, a famosa bola que desagradou quase todos na Copa de 2010, a atenção para os modelos oficiais dos torneios da Fifa passaram a causar expectativa. Nesta sexta-feira participantes do Mundial de Clubes do Japão fizeram comentários sobre a Cafusa, que ganhou críticas do capitão do Monterrey, mas que tem a aprovação de corintianos.
A Cafusa foi apresentada oficialmente na última semana como modelo oficial da Copa das Confederações do Brasil de 2013. A bola fabricada pela Adidas é considerada um pouco mais pesada que suas antecessoras, mas sustenta a fama de facilitar trajetória sinuosa em chutes de longa distância.
Nesta sexta-feira, o capitão do Monterrey criticou a bola, que será usada no Mundial de Clubes antes servir às seleções da Copa das Confederações. José Maria Basanta destacou a imprevisibilidade da Cafusa em disparos de média e longa distância, em característica já observada no primeiro jogo do torneio no Japão.
"Ela se move muito, como pudemos ver na partida do Sanfrecce Hiroshima [vitória por 1 a 0 sobre o Auckland City, com gol em um chute de fora da área]. Ela abaixou muito rapidamente, dificulta o trabalho do goleiro. Mas, por outro lado, traz benefícios para o espetáculo", comentou o mexicano.
Ainda no Brasil Cássio elogiou as características de jogo da Cafusa, após a experiência de treinar com a bola por alguns dias no CT do Corinthians [o clube já havia recebido a Tango, exemplar da Euro 2012, similar ao novo lançamento da Adidas]. O goleiro destacou a facilidade de agarrar em razão dos tipos de gomos. Já no Japão, Emerson Sheik não colocou objeções ao modelo do Mundial.
"Todo ano a bola muda. É questão de adaptação. Não vi muita diferença. Tivemos uns dias para treinar com ela. Mas é aquela coisa, em um ano só muda duas ou três vezes de bola. É uma questão de se adaptar mesmo", declarou.
Além de suas propriedades técnicas, a Cafusa traz para o Mundial de Clubes a novidade de ter um chip embutido, em teste de tecnologia para jogadas em que paire dúvidas se a bola entrou ou não no gol.
Com a Cafusa, o Corinthians estreia no Mundial de Clubes da Fifa na quarta-feira, em confronto contra o vencedor do duelo entre Sanfrecce Hiroshima (Japão) e Ah Ahly (Egito). A semifinal acontece na cidade de Toyota.