Topo

Tribunal diz que analisará súmula e pode punir de times a federação no PR

Dirigentes de Atlético-PR e Coritiba conversam com arbitragem de clássico em meio a impasse sobre transmissão de jogo - Cleber Yamaguchi/AGIF
Dirigentes de Atlético-PR e Coritiba conversam com arbitragem de clássico em meio a impasse sobre transmissão de jogo Imagem: Cleber Yamaguchi/AGIF

Do UOL, em São Paulo

19/02/2017 20h56

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), Leandro Souza Rosa, disse neste domingo (19) que vai analisar a súmula do clássico entre Atlético-PR e Coritiba, que não aconteceu, para definir possíveis punições.

O jogo, marcado para as 17h (de Brasília) deste domingo, teve seu início impedido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). Alegando problemas de credenciamento, a entidade se opôs à transmissão do jogo de forma independente e exclusivamente online pelos canais dos clubes no YouTube.

Os times, que não chegaram a um acordo com as Organizações Globo para a transmissão de seus jogos em TV aberta no Paranaense de 2017, se negaram a jogar sem a transmissão e a partida não aconteceu.

"Não há nenhuma certeza do que houve de fato. A posição da justiça desportiva é de analisar o que aconteceu, o mais rápido possível, amanhã (segunda, 20) quem sabe. Através da súmula, que é o documento oficial, mas que pode ser constituída por outros meios de prova. Tivemos vários meios de ver o que aconteceu", disse em entrevista à Rádio Transamérica Rosa, que garantiu que tem liberdade total para punir os clubes, o árbitro ou mesmo a federação.

O regulamento do Campeonato Paranaense de 2017 não fala em punição quando um clube tem um WO. Diz apenas que "será considerado abandono do campeonato caso um clube sofra a aplicação de dois WO". No clássico deste domingo, os dois times se negaram a jogar.

Em contato com o UOL Esporte, Hélio Cury, o presidente da federação paranaense, disse que não haveria jogo enquanto os profissionais não saíssem de dentro de campo. Segundo ele, o credenciamento dos profissionais deveria ter sido feito 48 horas antes da partida, o que não teria acontecido.

"Enquanto os profissionais não credenciados estiverem dentro do campo não vai haver jogo", disse ele. "Deveria ser feito um credenciamento 48 horas antes da partida. O nosso posicionamento está bem claro: está proibido".

Os clubes disseram ter sugerido que os profissionais que transmitem o jogo de dentro do campo poderiam ir para as arquibancadas. Questionado sobre isso, Cury disse que não poderia fazer nada para impedir o jogo nesse caso.

"A federação só cuida do que acontece dentro do campo, fora nós não temos nada a ver com isso. Se eles tirarem tudo do campo e colocarem na arquibancada não podemos fazer nada".

Diante do impasse, Cury afirmou que uma entrevista coletiva de imprensa deve ser marcada para segunda-feira para tratar do tema. "Vamos analisar com o nosso jurídico quais serão as consequências jurídicas disso".