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TJD-PR absolve envolvidos no cancelamento do "Atletiba do YouTube"

Jogadores de Atlético-PR e Coritiba deixam o gramado em meio a impasse sobre transmissão - Cleber Yamaguchi/AGIF
Jogadores de Atlético-PR e Coritiba deixam o gramado em meio a impasse sobre transmissão Imagem: Cleber Yamaguchi/AGIF

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL, em Curitiba

07/04/2017 15h07

Acabou em pizza toda a confusão do cancelamento do clássico Atletiba que seria jogado no dia 19 de fevereiro e acabou não sendo realizado após intervenção da Federação Paranaense de Futebol (FPF) por conta da transmissão do jogo feita pelos clubes no YouTube.

Na noite desta quinta-feira, enquanto as atenções se voltavam para o STJD (Superior Tribunal da Justiça Desportiva) e a decisão sobre o Caso Getterson, que poderia paralisar o Campeonato Paranaense, o TJD do Paraná, em sessão plena, decidiu por absolver todos os envolvidos no cancelamento do jogo.

A FPF, que havia sido multada em R$ 20 mil, foi absolvida por unanimidade. O quarteto de arbitragem, incluindo o quarto árbitro Rafael Traci, que foi flagrado em vídeo justificando a ordem do cancelamento a pedido da FPF, também escapou sem punição. Na época, o motivo alegado foi que os profissionais que fariam a captação das imagens não estavam credenciados.

Cerca de 25 mil pessoas estavam na Arena da Baixada e tiveram de ir embora sem ver o jogo, que veio a ser realizado no dia 1º de março, com vitória do Atlético por 2 a 0 e transmissão via YouTube. Também foram absolvidos todos os dirigentes é funcionários de Atlético e Coritiba que haviam sido condenados em primeira instância.

"Foram absolvições contra as quais haverá novo recurso ao STJD. O pleno absolveu a Federação, retirando a obrigação de pagamento de multa ou qualquer outra pena. Frustraram mais de 450 mil pessoas envolvidas com o jogo, todo mundo pôde presenciar. Mas ontem o nosso tribunal entendeu que é assim mesmo, que foi tudo normal", disparou o procurador Henrique Cardoso, responsável pela denúncia no TJD.