FPF isenta Corinthians, mas vê "caso Braghetto" como exemplo para árbitros
Responsável pela arbitragem na FPF (Federação Paulista de Futebol), o coronel Marcos Marinho não entende que o Corinthians possa ser responsabilizado pelo “caso Braghetto”. Apesar disso, o cartola avalia que o imbróglio que mudou o árbitro da decisão do Estadual de forma surpreendente deve servir de lição para os demais árbitros.
“Essa ligação com um clube pertencente à federação é complicada. O caso deu um recado para muita gente”, disse Marcos Marinho, em entrevista concedida ao UOL Esporte na última segunda-feira, após a festa de premiação do Paulistão.
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O dirigente foi um dos protagonistas do escândalo que antecedeu o empate por 1 a 1 entre Santos e Corinthians na Vila Belmiro. Na última sexta, o surgimento da notícia de que Rodrigo Braghetto teria sido contratado do clube do Parque São Jorge forçou a FPF a sacá-lo da decisão.
Em um primeiro momento, Marinho disse que tinha conhecimento da atividade paralela do juiz e que ele mesmo havia pedido dispensa. Depois de um desmentido de Braghetto, a FPF voltou atrás. “Eu tinha conhecimento da empresa dele, mas não que ele tinha contrato com um clube”, disse Marinho.
Braghetto é sócio da Apto Esportes, empresa que presta serviços de arbitragem e já teve contrato com diversos clubes, entre eles o Corinthians. Ele e seus funcionários trabalhavam em partidas do departamento amador do clube alvinegro, assim como já havia feito com Portuguesa, São Paulo e o próprio Santos.
Desde sua exclusão, o debate sobre a necessidade de profissionalização do esporte ganhou espaço no noticiário esportivo. Tite, técnico do Corinthians, chegou a isentar Braghetto de culpa e pediu a mudança na situação dos juízes.
Marinho entende, no entanto, que a ligação com um clube de futebol deve ser evitada. “Eu até tenho a minha opinião, mas acho que no futebol é complicado”, diz ele.
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O caso, em teoria, também deveria servir de advertência para o Corinthians, que fechou contrato com Braghetto mesmo sabendo de sua condição de árbitro da primeira divisão. Marinho não vai tão longe.
“Não existe essa coisa do Corinthians direta com o árbitro. Eu tenho, por exemplo, casos de árbitros de uma cidade do interior que pedem para não apitar jogos do time local. Em Campinas, por exemplo, é assim. Às vezes o próprio árbitro pede para ficar fora, porque pode ser cobrado no dia a dia, pode ficar complicado”, conclui.
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