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Promotor do MP fala em responsabilizar PM e Mário Gobbi após briga

Paulo Castilho, promotor do MP, falou em responsabilizar Gobbi e a Polícia - Divulgação/CBF
Paulo Castilho, promotor do MP, falou em responsabilizar Gobbi e a Polícia Imagem: Divulgação/CBF

Do UOL, em São Paulo

08/02/2015 16h32

Paulo Castilho, promotor do Ministério Público que defendeu a realização do clássico com torcida única, adotou o discurso de “eu já sabia” depois do confronto deste domingo, minutos antes do primeiro Palmeiras e Corinthians no reformado Allianz Parque. Em entrevista à Rádio Globo, Castilho falou em responsabilizar quem decidiu, na última sexta, levar torcedores alvinegros ao estádio.

“Estou sabendo o que aconteceu pelo que vocês estão informando, porque o meu trabalho consistiu em alertar as autoridades e órgãos responsáveis para que fizéssemos com uma torcida só. Aconteceu o que o MP já previa. Tenho certeza que o dr. Roberto Senise vai instaurar o procedimento para apurar as responsabilidades de todos os que afirmaram que eram capazes de garantir tudo com segurança, inclusive a PM”, disse Paulo Castilho.

O promotor foi protagonista da maior polêmica da semana. Em um primeiro momento, o MP pediu a realização do clássico com torcida única. O Palmeiras sinalizou apoio à medida e a FPF (Federação Paulista de Futebol) anunciou que atenderia o pedido. O Corinthians, revoltado, foi à Justiça, fez pressão política e conseguiu reverter a situação.

“Nós não somos contra as duas torcidas. Mas precisamos tirar os ingressos de visitante das mãos da organizada. Os bilhetes precisam ser pulverizados e incluir o público comum. Só que os dirigentes são reféns da torcida organizada. O sr. Mário Gobbi saiu loucamente em defesa da Gaviões da Fiel e exigiu ingresso para visitante. Agora tem de ser responsabilizado. O papel do MP foi feito”, disse Paulo Castilho.

Como o UOL Esporte noticiou, o entorno do Allianz Parque foi transformado em palco de guerra. Do lado de fora, palmeirenses e corintianos tentaram entrar em conflito e tiveram de ser contidos pela PM, que acabou trocando bombas e garrafadas com o lado alviverde da confusão. O cenário precisou da intervenção de um tanque da corporação, que “empurrou” os organizados da confusão para uma rua próxima ao estádio.

Do lado de dentro, mais brigas. A televisão mostrou que, já instalados na área de visitante do Allianz Parque, corintianos trocaram socos entre si. Paralelamente, os palmeirenses voltaram a entrar em conflito com a PM quando os alvinegros entraram no estádio. Quando a corporação ia fazer o isolamento da área, mais bombas tiveram de ser lançados para conter os brigões do time da casa.