Isso é tudo que você precisa saber sobre São Paulo 2 x 0 Mogi Mirim
O jogo do São Paulo desta terça-feira (01), para pouco mais de 3 mil pagantes no Pacaembu, não empolgou. Mas, na linguagem do boleiro, "o que vale são os três pontos". A equipe venceu: 2 a 0 contra o Mogi Mirim, gols de Rogério, no primeiro tempo, e Paulo Henrique Ganso, no segundo.
A partida, adiada devido à participação do tricolor na 1ª fase da Libertadores, foi válida pela 3ª rodada do Campeonato Paulista. O São Paulo é líder do Grupo C, com os mesmos 13 pontos da Ferroviária, à frente por causa do saldo de gols. O Mogi é lanterna da chave D, a do Corinthians.
CADÊ A TORCIDA?
A temperatura caiu em São Paulo, é verdade. O jogo foi em uma terça-feira à noite, outra verdade. E soma-se a isso o fato de a fase do time ser conturbada. Mas o jogo do São Paulo levou apenas 3.013 pagantes ao Pacaembu, número que bate o da partida passada, contra o Novorizontino: 3.333, recorde negativo da temporada. É o pior público do clube em um jogo como mandante desde 2 de novembro de 2005, quando 2.992 pessoas viram o 2 a 2 contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão.
“XODÓ” VIRA GANSO. E PROFESSOR APROVA
O técnico argentino Bauza decidiu poupar Ganso por alguns minutos nesta terça-feira, e escalou Rogério, originalmente ponta esquerda, na função de armador. “Sou funcionário do clube, tenho que jogar. Meu forte não é esse, sinto-me perdido ali no meio. Tem bola que não posso perder e perdi. Preciso me adaptar”, avaliou ele mesmo, na saída para o intervalo.
A despeito do "nariz torcido" do jogador para a nova posição, a esta altura ele já havia aberto o placar. Destaque para sua aproximação ao ataque. No lance do gol, Rogério invadiu a área como centroavante para marcar. "Essa é a melhor função para ele. Vi jogos dele nas pontas, mas lá ele não desequilibra", afirmou o técnico.
SÃO PAULO MELHORA COM GANSO EM CAMPO
Ganso substituiu Rogério aos 14 minutos do segundo tempo e mudou a cara da equipe. Não que o São Paulo tenha impressionado desde então, mas ao menos conseguiu segurar mais a bola no campo de ataque e, em decorrência, encontrar espaços na defesa do time interiorano. Sem ele, foram duas chances de gol criadas. Com ele, cinco – sendo que duas finalizações acertaram a trave, uma de Centurión, de longe, que carimbou a barra superior, e outra de Carlinhos, que bateu no poste direito. Na última delas, o próprio meia arriscou de fora da área e marcou.
BRIGA PELA POSIÇÃO? QUE NADA!
Rogério, na visão de Bauza, atuou bem na armação. Ganso entrou e deu mais volume ofensivo para o São Paulo. Será que haverá briga pela posição? Ao que tudo indica, não. "Rogério nem mesmo gosta de fazer essa função. Ele está tendo a oportunidade de jogar ali e está fazendo o trabalho dele, assim como vou dar meu melhor, se tiver que jogar na ponta", disse Ganso, em entrevista à Rádio Globo.
OPINIÃO: SÃO PAULO PRECISA MELHORAR A PONTARIA
O blogueiro e comentarista do UOL Esporte Menon avaliou a partida após o duelo. Para ele, o tricolor precisa melhorar a pontaria. Ou, nas suas palavras, "derrotar a trave". "Além da trave, o que preocupa no São Paulo é a pouca fluidez no meio campo. Os volantes não avançam para se unir ao meia. Assim, o centroavante fica muito isolado".
JOGADA DE CRAQUE NA PELADA
Um duelo morno, sem público e nem inspiração técnica dos protagonistas. São Paulo x Mogi Mirim pareceu aquela pelada tradicional depois de um churrasco. De dar sono! Vinte e sete atletas foram a campo, em pouco mais de 90 minutos jogados, e apenas um deles teve algum momento de brilho: Carlinhos – sim, Carlinhos. O lateral que jogou na ponta esquerda driblou dois adversários com um toque de letra e bateu firme, mas o goleiro rival defendeu.
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