Psicologia: o segredo que fez Diniz levar Audax até a final do Paulistão
Ao conversar com amigos, ex-jogadores, dirigentes e técnicos, há uma conclusão em comum sobre Fernando Diniz: ele será melhor técnico do que foi como jogador de futebol.
A missão não é tão fácil assim. O hoje treinador do Audax, finalista do Paulistão de 2016, tem um currículo de dar inveja a muito de seus comandados. Foi atacante de Palmeiras, Corinthians, Fluminense, Flamengo, Cruzeiro e Santos, para falar só dos clubes maiores. Foi campeão do Paulista, do Carioca e do Mineiro.
E o que faz todos concluírem que ele terá mais sucesso no banco do que dentro de campo? A psicologia aplicada pelo comandante no dia a dia com elenco. O jeito de lidar com os atletas é fundamental.
Beto Rappa é amigo do ex-jogador e era diretor do Votoraty, do interior de São Paulo, quando Diniz iniciou sua carreira de treinador no clube.
“Ele se preocupa em fortalecer as relações das pessoas e entender que o jogador é a coisa mais importante do futebol. Muito mais do que essa coisa de tática. Claro que a tática dele é bonita, mas o mais marcante é a preocupação de valorizar as pessoas e cuidar dos jogadores”, afirmou.
O presidente da época era Mauricinho, que também foi ex-ponta do Vasco. Ele segue a mesma linha de explicação sobre o sucesso de Fernando Diniz. “Na época que me indicaram, eu brinquei: é para jogar? E o Vagner Mancini, que indicou, disse que não, que ele estava muito preparado. O Diniz era psicólogo, ele dá uma porrada e depois agrada. Ele é metódico um pouco, mas é aberto para os jogadores e acaba sendo parceiro para caramba”, relembra.
Hoje no Audax, Fernando Diniz ficou conhecido pela fama de sua equipe de não dar nenhum chutão. Luan, atacante do Atlético-MG, trabalhou com o comandante no Atlético de Sorocaba, outra equipe do interior de São Paulo.
“Ele deu um dos melhores trabalhos que eu já tive até hoje e já estive em vários clubes. É quase sempre o mesmo padrão. Mas o Fernando Diniz é diferente. Para mim, vai ser um dos melhores treinadores do Brasil. É só ter paciência com o estilo de jogo que ele impõe”, afirma o atacante.
Vagner Mancini, primeiro incentivador e que indicou o ex-jogador para comandar o Votoraty, revela que já havia notado em Diniz o perfil de um treinador quando ambos trabalharam juntos no Paulista. Na época, Diniz ainda era atacante.
“Vi que taticamente ele tinha uma obediência diferente. Tinha um conhecimento muito interessante, porque ele conseguia, dentro de campo, comandar o time. E até mesmo com intervenções táticas. Claro que o técnico percebe isso”, completa.
Hoje presidente do Audax, Vampeta confirma toda a fama de Fernando Diniz e até revela que torce para que o técnico de sua equipe saia ao fim do Campeonato Paulista para alçar voos maiores.
“É um cara que merece, cara que está preparado e está mostrando o trabalho dele há três anos. Precisa de um lugar de Série A para que ele mostre seu potencial. Eu brinco com ele, diz que é psicólogo, mas fica mais nervoso que todos nós ali na beira do campo”, afirmou.
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