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4 mudanças de Ceni que deram a virada do São Paulo contra o Santos

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

16/02/2017 07h27

O primeiro tempo do São Paulo diante do Santos não foi ruim – o alvinegro teve mais controle da partida, algo até natural para um time formado já há mais tempo atuando em casa. Na segunda etapa, entretanto, o visitante cresceu, tomou conta do jogo na Vila Belmiro e por pouco não transformou a virada em goleada.

Quatro mudanças – de atletas, de postura e de posicionamento – promovidas por Ceni foram chaves na vitória são-paulina. O intervalo do comandante, inclusive, foi elogiado por vários atletas após a partida, e o próprio ex-goleiro, embora tenha dado mérito aos jogadores, explicou algumas das mudanças.

Substituição certeira

Ceni mexeu no time logo no intervalo, tirando Neilton, que não vinha bem, e colocando Luiz Araújo – a troca mudou completamente o rumo do jogo. O substituto teve grande atuação, marcou dois gols e comandou contragolpes infernais nas costas da defesa santista. Ceni afirmou após o jogo que os méritos da atuação são do próprio atacante, mas seu comandado fez questão de rasgar seda ao treinador. “Tem que ressaltar a maturidade da equipe, de tomar o gol e não se deixar abater, continuar buscando o gol. O Rogério tem muito a ver com isso”, disse.

Ajuste no posicionamento e trava nos laterais santistas

Na primeira etapa, Zeca infernizou a defesa são-paulina, aparecendo em vários locais do campo e participando do lance do gol do Santos – Victor Ferraz também apareceu muito no ataque. No intervalo, Ceni corrigiu o posicionamento para travar os laterais. “Eles conseguiram escapar com o Zeca e Victor Ferraz muitas vezes, no primeiro tempo não consegui mudar isso, gritei, mas não consegui. No intervalo, com silêncio, conseguimos ajustar esse posicionamento”.

O zagueiro Rodrigo Caio reconheceu os ajustes do técnico. “No primeiro tempo fomos um pouco desatentos na marcação, e por isso ele cobrou da gente o posicionamento. A gente não estava pressionando da forma como ele queria, e isso ele cobrou bastante da gente no intervalo”, afirmou.

Troca com Gilberto e Cueva

Além de ajustes na marcação, Ceni mexeu no posicionamento ofensivo – enquanto Cueva atuava pelo meio, Gilberto acabou caindo para os lados do campo, fora de posição. O treinador tentou modificar isso no primeiro tempo, mas não conseguiu se comunicar com os jogadores, e só o fez no intervalo.

Na segunda etapa, Cueva mais solto e Gilberto no comando do ataque cresceram de produção. O peruano infernizou a defesa e fez linda jogada no terceiro gol, deixando o campo visivelmente cansado. Gilberto estava presente para tabelar com Luiz Araújo e dar uma bela assistência no primeiro gol do atacante.

Sem medo de apostar em garotos da base

Luiz Araújo brilhou, Rodrigo Caio e João Schmidt foram titulares – os três, entretanto, estavam no profissional quando Ceni chegou e já tinham posições consolidadas. Além deles, o ex-goleiro tem lançado outras promessas, e a estratégia teve importância nesta quarta – Araruna foi colocado no lugar de Thiago Mendes, um dos melhores em campo, e correspondeu, fazendo bela jogada e sendo fundamental no terceiro gol.