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Beijo da sorte: esposa que reergueu Jô previu gol em clássico com Palmeiras

jô beijo - Eduardo Knapp/Folhapress - Eduardo Knapp/Folhapress
Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Dassler Marques, Diego Salgado e José Edgar de Matos*

Do UOL, em São Paulo

23/02/2017 04h00

Companheira inseparável do centroavante Jô há anos, a esposa Cláudia Silva, mais conhecida como Claudinha do Salgueiro, foi amuleto do centroavante corintiano na noite de quarta-feira. Foi ela quem previu, nas arquibancadas da Arena Corinthians, que ele faria o gol da vitória no clássico com o Palmeiras, que acabou em 1 a 0.

"Ela é minha esposa e está sempre do meu lado. No momento em que fui me aquecer, ela falou que ia fazer o gol. Eu dedico essa vitória a ela porque me acompanha e está sempre comigo", contou Jô. "Eu sonhei com esse gol na Arena e ainda mais num clássico tive essa oportunidade", descreveu.

Foi durante o aquecimento, ao passar por Claudinha, que Jô escutou que seria dele o gol no clássico com o Palmeiras. Em retribuição, o centroavante que jogou menos de 10 minutos e marcou para a vitória procurou a esposa nas arquibancadas para um beijo acompanhado com atenção por todos que estavam ao redor.

Passista do Salgueiro e uma das atrações da escola, ela tem papel essencial no processo de recuperação da carreira de Jô. Marcado por idas e vindas e por um relacionamento extraconjugal, o casamento da dupla foi reatado e coincidiu com o momento que o jogador tem vivido. Se antes tinha vida noturna agitada, hoje ele assume os erros do passado e, segundo os próprios amigos e funcionários do Corinthians, atravessa um período de calmaria.

Barrado no clássico para a entrada de Kazim, que vive melhor momento e havia feito gol da vitória sobre o Audax, Jô só foi a campo porque o titular pediu substituição na fase final do clássico. O jogador turco, aliás, foi um dos mais elogiados por Fábio Carille pelo sucesso nas disputas com zagueiros palmeirenses. Mas, quis o destino do dérbi centenário, que o posto de herói ficasse novamente nas mãos do jogador criado na base do Corinthians, hoje já com 29 anos.

Em 2004, em dérbi contra o Palmeiras, o Corinthians venceu no Morumbi por 1 a 0, gol justamente de Jô. "Não vou falar que sou um carrasco do Palmeiras, porque foi meu segundo gol contra, mas acho que o time está trilhando um caminho bom. O clássico é importante para a pessoa aparecer, acho que fica pra sempre marcado. Fico muito feliz com o gol. É uma vitória simples, mas hoje vale para engrandecer o clube", disse.

Colaborou: Pedro Ivo Almeida, do UOL