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Prazer, Shaylon! Joia da Chape, morador do CT e promessa de Ceni no SP

Shaylon durante a partida contra o São Bernardo - MARCELLO FIM/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Shaylon durante a partida contra o São Bernardo Imagem: MARCELLO FIM/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

01/04/2017 04h00

Sem contar com os lesionados Cueva e Lucas Fernandes, Rogério Ceni tem Shaylon como uma das opções para a primeira partida do São Paulo no mata-mata das quartas de final do Campeonato Paulista, neste domingo (2), no Morumbi. Apesar de não ser tão conhecido da torcida, o meia, de 19 anos, já tem história para contar e é visto como uma das principais promessas do São Paulo.

Na última temporada, o jogador foi peça fundamental na conquista da Copa do Brasil Sub-20, quando fechou a competição como artilheiro com seis gols. Depois, conquistou Ceni e passou a integrar o time profissional em 2017.

Fora de campo, o tímido garoto catarinense mantém a sua rotina de morador do CT da Barra Funda. "Sou bem tranquilo. Gosto de assistir aos seriados de televisão e aos filmes. O Lucas Fernandes e o Lucas Perri também moram aqui. Jogamos videogame e sinuca no tempo livre. A gente é bem entrosado e amigo desde os tempos do CT de Cotia", contou o jogador.

Ao contrário da figura caricata do boleiro padrão, Shaylon não quis gastar os primeiros salários com um carro. Aliás, o rapaz não tem um veículo e usa táxi, uber ou pega uma carona para passear.

"Tirei carta de motorista no ano passado. Mas moro aqui no CT e não preciso de carro, no momento. Então, enquanto eu ficar aqui, não estou pensando em comprar um", contou o meia, que não sonha com um veloz bólido no futuro. "Quero jogar bem, ser campeão pelo São Paulo, fazer história aqui e chegar à seleção. Os meus sonhos não são os bens materiais", completou o jogador.

Chapecoense

Os primeiros passos no futebol profissional foram dados bem longe do Morumbi. Shaylon despontou para o futebol na Chapecoense. "Fui com 15 anos para Chapecó e pouco antes de completar 18 vim para o São Paulo. Foi muito bom. As pessoas lá são todas do bem. Só tenho a agradecer à Chapecoense", contou o meia, que, obviamente, ficou sensibilizado com o acidente do avião que levava a delegação da equipe catarinense no ano passado, na Colômbia.

"Mexeu bastante comigo. A manhã daquele dia foi difícil. Tinham pessoas que eu conhecia, como o presidente e diretores. O roupeiro e o massagista, que eram da base e trabalharam comigo, também estavam no avião. Foi muito difícil. Toda hora pensava nos ex-companheiros e amigos", contou o rapaz, que mantém contato com o ex-clube.

Nome

Não é por acaso que as pessoas estranham, em um primeiro momento, o nome do meia são-paulino. Nascido em Modelo, Santa Catarina, o jovem foi registrado Shaylon Kallyson Cardozo.

"A minha mãe que escolheu. Ela queria um nome diferente, para ficar marcado, para ser diferente. Um nome também que não tivesse apelido", contou o jogador, que já tem xará.

"Na minha cidade tem um outro Shaylon. Gostaram do nome e deram para outro menino", contou o rapaz.

Rogério Ceni

Sempre que possível, o treinador faz questão de ressaltar o potencial do meia, considerado uma das principais promessas das categorias de base do São Paulo.

"A relação com o Rogério é muito boa. Ele trata todo mundo de maneira igual, isso é importante. Ele só ajuda no meu crescimento", disse o jogador, que também recebe conselhos dos companheiros mais experientes. "Tenho muito para evoluir e aprender no São Paulo. Gosto de ouvir o que os mais velhos falam. Tenho de agregar o que me dizem para melhorar", completou Shaylon.