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Com conselhos de Baptista, Borja muda atuação em campo e acaba com jejum

Do UOL, em São Paulo

03/04/2017 04h00

Miguel Borja começava a se incomodar com a sequência sem balançar as redes. Não só pelo jejum de quatro jogos, mas porque o colombiano ficou no grito de “uh” em diversas ocasiões, especialmente nos dois da Libertadores em que ele esteve em campo, diante do Jorge Wilstermann e Atlético Tucuman - nos quais perdeu pelo menos três chances claras. 

A incômoda sequência, que pode ficar ainda maior se considerar o jogo pela seleção, acabou no último domingo (2) diante do Novorizontino. E teve um toque de Eduardo Baptista.

O pedido especial do treinador ao atleta foi para aumentar a movimentação e não ficar apenas como referência quando o Palmeiras estivesse com a bola. Enquanto o time estava sem, Baptista pediu para que ele ajudasse bastante na marcação.

“Uma coisa é marcar o gol, a outra é ter a movimentação. Quando não se faz o gol, você precisa movimentar ainda mais e foi o que a gente buscou nos últimos dias. E pediu auxílio enquanto estiver sem bola”, explicou o treinador.

O colombiano mostrou que ainda precisa melhorar na hora de marcação. Estabanado, ele sofreu um cartão amarelo e correu o risco de fazer expulso após outra falta quando já tinha sido advertido.

No aspecto ofensivo, no entanto, Borja agradou bastante. São três gols em seis partidas, sendo que em apenas duas delas ele atuou por 90 minutos.

“Ele fez o gol, criou duas ou três chances na área. Criou uma chance com uma bola longa, criou chance com a cabeça e fez mais. É importante o atacante fazer o gol e ter a movimentação constante para dificultar o adversário”, analisou. “É importante porque ele é artilheiro e precisa do gol”.

Borja chegou ao Palmeiras com o custo de mais de R$ 30 milhões, integralmente bancados pela Crefisa. Com direito a recepção com o aeroporto lotado, ele criou bastante expectativa ao desembarcar no Palmeiras e tenta emplacar para repetir o sucesso que o colocou como melhores do continente em 2016.