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Oscar Roberto Godói

Poucos árbitros ficaram felizes com o fim do ano

O árbitro Rafael Tracci, na foto durante partida entre Flamengo e Palmeiras, foi eleito o melhor do Brasileirão 2018 por Godói - Thiago Ribeiro/AGIF
O árbitro Rafael Tracci, na foto durante partida entre Flamengo e Palmeiras, foi eleito o melhor do Brasileirão 2018 por Godói Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

28/12/2018 13h53

Qual o árbitro que comeu o panetone ou qualquer outro produto com massa parecida e com o nome terminado em tone, mais gostoso no Natal? Depois de um ano com tantas críticas, algumas merecidas outras nem tanto, com tanta choradeira de dirigente safado, os mesmos que votam em presidentes desonestos, clamam por mudanças na arbitragem para desviar o foco da incompetência administrativa. Poucos árbitros sorriram para o Papai Noel.

Um deles que terminou o ano feliz da vida é Raphael Claus, árbitro da Federação Paulista de Futebol, premiado pela CBF como o melhor do Brasileirão 2018. Por evitar apitar os clássicos paulistas, confesso que o vi muito pouco em ação. Também não me lembro de ter feito críticas pesadas contra alguma de suas interpretações. Bom sinal.

Outro árbitro feliz da vida com o Papai Noel do apito é Rafael Tracci, da Federação Paranaense. Mesmo não sendo do quadro internacional da Fifa, como Claus é, teve a felicidade de estar nos jogos importantes envolvendo clubes paulistas ou com interesse dos paulistas no resultado. Assim sendo, para nós da imprensa de São Paulo, Tracci foi o que esteve mais exposto às criticas, boas ou ruins e, consequentemente, acabou sendo escolhido como o melhor árbitro na seleção Bola de Prata dos canais ESPN.

Entendo que a falta de mais experiência ou do distintivo da Fifa não atrapalharam o desempenho de Tracci, bem condicionado fisicamente, calmo, seguro, educado e feliz nas interpretações mais difíceis. Também votaria no árbitro da Federação do Paraná como o melhor do Brasileirão. 

Jogadores elegeram Raphael Claus o melhor árbitro. Veja os Melhores & Piores do ano no Pesquisão do UOL Esporte.

Tomara que, chegando ao quadro internacional da Fifa, mantenha a mesma qualidade, o que não é muito comum. É só recordar como mudaram de comportamento Vuaden, Daronco, Dewson, Oliveira e alguns outros. 

Chegando por méritos próprios, não tem que pagar favor para dirigente algum. O árbitro só recebe oportunidade por ter qualidade. Quem lhe abriu a porta não fez nada mais do que a obrigação. O futebol agradece, não o árbitro com favores.

Oscar Roberto Godói