Como exigir honestidade dos árbitros se quem comanda é safado?
O Brasil vive um momento de transformação e mudanças comportamentais em vários segmentos sociais e institucionais. No futebol, mais diretamente na arbitragem, terminamos 2018 com denúncia de corrupção na Paraíba e começamos 2019 com o Ministério Público investigando o presidente do Sindicato dos Árbitros do Rio de Janeiro. Já tivemos, e ainda temos, problemas no Sindicato dos Árbitros de São Paulo.
Acredito que o momento é propício para que os árbitros se unam em prol de melhores condições de trabalho, respeito e independência. Todos exigem e cobram arbitragens corretas daqueles que têm a vida particular e pública vigiada e fiscalizada 24 horas por dia. Como exigir honestidade dos árbitros se quem os comandam, quase sempre, são safados?
Embora a regra dê ao árbitro o poder de adiar, interromper e suspender um jogo, na prática não é bem assim. Imagino o que tenha passado pela cabeça do árbitro Thiago Duarte Peixoto num Pacaembu inundado. Acertou em adiar o início do jogo Santos 3 x Oeste 2.
O assistente Marcelo Van Gasse-FIFA, um dos melhores que temos hoje, acertou nos três lances que resultaram em gols no jogo São Bento 1 x Corinthians 1. Sornoza não estava impedido na jogada do gol corintiano e Luizão e Alecsandro marcaram gols para o São Bento impedidos, corretamente anulados.
Tanto o assistente quanto o árbitro Luiz Flávio de Oliveira-FIFA não poderiam engolir as ofensas de Luizão sem puni-lo. O árbitro também errou em não mostrar cartão para Luizão no lance que tentou atingir Claysson. Ser omisso com o distintivo da FIFA no peito é um péssimo exemplo.
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