Histórias da copa

Lendas da Copa

A verdade por trás de exageros, invenções e causos do Mundial

2002

A fila de Denílson

Mesmo reserva, Denílson acabou se tornando um dos símbolos da conquista do penta devido a um lance contra a Turquia.

Lenda

O atacante parte para cima dos turcos na semifinal de 2002 e faz uma fila de quatro defensores. Quem não se lembra?!

Não foi bem assim: Denilson entrou na área e, cercado por beques, saiu para a lateral. Era um lance comum. Com a narração, virou épico.

Fato

1938

Gol descalço

Leônidas da Silva jogou muito naquela Copa. Na vitória sobre a Polônia por 6 a 5, a imprensa brasileira lhe atribuiu até mais do que devia.

Lenda

A chuteira de Leônidas rasgou. Na lama, ele jogou só de meias. E ainda fez um gol! O próprio atacante repetiria essa história.

Nenhum jornal falou em gol descalço no dia seguinte. O que é certo? Que a chuteira rasgou e o juizão mandou trocar.​

Fato

1994

Assassinato do narcofutebol

Com Valderrama e Rincón, a Colômbia era favorita. Mas aquele time ficou marcado pelo assassinato de Andrés Escobar, autor do gol contra.

Lenda

O mundo associou o crime ao narcotráfico. Naquela época, traficantes como Pablo Escobar chegavam a controlar times de futebol no país.

O zagueiro foi assassinado pelo gol contra, mas não a mando do narcotráfico: a polícia atribuiu os disparos à máfia de apostas.

Fato

1958

Motim da seleção

Pelé e Garrincha foram os craques da Copa de 1958, mas a dupla só estreou pela terceira rodada, contra a União Soviética.

Lenda

A história diz que Didi e Nilton Santos, já veteranos, lideraram motim pedindo a dupla em campo.

A CBD até consultou os atletas, mas a escalação dos dois nunca foi uma imposição do grupo.

Fato

1950

A taça embaixo da cama

Após a federação italiana guardar a taça Jules Rimet durante a 2ª Guerra, a Itália foi o único país do eixo convidado para a Copa de 1950.

Lenda

Diz a lenda que Ottorino Barassi, o presidente da federação italiana, guardou o troféu debaixo da cama, numa caixa de sapatos.

Segundo o jornal “La Stampa”, Barassi não foi tão descuidado: ele deixou a taça no Vaticano por seis anos.

Fato

1950

Já ganhou! Já ganhou!

Rumo ao Maracanazo, a seleção brasileira foi envolvida por um clima de otimismo que se provou insustentável.

Lenda

Às vésperas da final, a seleção teria deixado o isolado bairro do Joá para ficar em São Januário. E o oba-oba fugiu de controle.

Sim, o clima de “já ganhou” contaminou o Rio. Mas a mudança para o campo do Vasco (e o aumento do assédio) aconteceu na 1ª fase.

Fato

História da copa

Reportagem: Giancarlo Giampietro

Edição: Bruno Conde Doro

Arte: Carla Borges

Ilustração: DiVasca

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