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Mauricio Stycer

Galvão torce pela Croácia, festeja glórias do Brasil e esquece da França

Galvão Bueno, narrador da Rede Globo - Globo/João Miguel Júnior
Galvão Bueno, narrador da Rede Globo Imagem: Globo/João Miguel Júnior

Colunista do UOL

15/07/2018 14h08

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Aos 47 minutos do segundo tempo, Galvão Bueno observou: “Grande campanha da França”. Foi o primeiro elogio mais explícito à seleção campeã do mundo em uma partida que o narrador da Globo só teve olhos para a Croácia e para lembrar de glórias passadas do Brasil.

“Vendedor de emoções”, como gosta de se definir, Galvão escolheu torcer pela seleção croata desde o início – assim como um bom número de brasileiros. Passou a transmissão inteira da final da Copa elogiando a garra dos croatas e justificando as dificuldades por conta do cansaço.

No início do jogo, chegou a se confundir ao perguntar: “"E você, no Brasil, está torcendo por quem? Pela Rússia ou pela Croácia?” Assim que Mandzukic assinalou, contra, o primeiro gol da França, Galvão pediu: “Vai lá na frente e faz outro”. E seguiu apoiando a seleção: “Croácia é um time guerreiro”. Após o gol da seleção, que empatou a partida, voltou a enaltecer a equipe: “É um dos nomes da Copa o tal do Perisic”.

Depois do 3 a 1, após um breve elogio a Mbappé, o narrador voltou a bater na tecla do cansaço dos rivais: “A Croácia está no oitavo jogo, a França no sétimo. As três prorrogações equivalem a um jogo”, explicou. Após o 4 a 1, observou que a equipe estava “exausta”. “Os jogadores estão nitidamente em desvantagem física”.

Em sua relação de amor e ódio com o árbitro de vídeo, Galvão berrou no lance que acabou resultado no segundo gol da França: “Será que o VAR vai marcar ou vai pipocar? Cadê, seu juiz? Eu não tenho dúvida. E, você em casa, será que foi pênalti? Será que não foi? Vai ver de novo, senhor Pitana? Atenção, pênalti marcado”.

Outro tema da transmissão foi o Brasil. Junto com Casagrande e Ronaldo, Galvão dedicou bom tempo a lembrar de glórias passadas da seleção. “A camisa da seleção brasileira tem que ser respeitada", disse, antes de falar do “rei Pelé” e das conquistas do Brasil. Muita nostalgia.

Mauricio Stycer