Meu craque da Copa: o VAR
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O francês Kylian Mbappé e o croata Luka Modric disputarão no domingo o título mundial e, provavelmente também, o posto de melhor jogador da competição. Para mim, entretanto, o troféu de maior destaque da Copa da Rússia, não vai nem para um nem para o outro. Fico com o VAR que, utilizado pela primeira vez no mais importante torneio de futebol do planeta, não fez feio. Ao contrário, tornou-se uma atração e ajudou a evitar inúmeros erros grosseiros, que poderiam ter atrapalhado as arbitragens.
Detalhe: contrariando o que diziam os dinossauros que combatiam radicalmente o uso da tecnologia no auxílio aos juízes, a polêmica não acabou. Lógico, afinal, muitas decisões são interpretativas e, portanto, apesar das várias câmeras e dos repetidos replays, ainda é possível julgamento distintos e que nem sempre agradarão a todos.
A pachecada, aí incluídos alguns dos nossos principais comentaristas de arbitragem, se queixa até agora do empurrão em Miranda, no gol da Suíça, e de dois possíveis pênaltis em Gabriel Jesus. Reclamam, acima de tudo, porque em nenhum desses lances os juízes foram até o monitor rever as jogadas.
"Não usaram o VAR na hora que o Brasil precisou!", vociferam alguns que demonstram não ter o conhecimento de como funciona o sistema.
Sim, o VAR foi utilizado nas três vezes. E se os árbitros não foram conferir os replays no monitor deveu-se apenas ao fato de que as equipes de auxílio às arbitragens que acompanhavam e reviram os lances polêmicos que poderiam ter beneficiado o Brasil, simplesmente, concordaram com a decisão tomada pelos juízes em campo. Dessa forma, não havia motivos para interromper o jogo para tirar dúvidas que não existiam.
Não sei quando ou mesmo se o VAR será implementado no Brasil. A alegação de que é caro e que são os clubes que devem pagar por ele é ridícula. A CBF nada em dinheiro e deveria ter como ponto de honra colocar o sistema em uso, ao menos nos principais campeonatos do país: o Brasileiro e a Copa do Brasil. A Conmebol, por exemplo, já disse que passará a utilizá-lo na Libertadores. Aleluia!
É claro que o sistema ainda pode ser melhorado e, naturalmente, isso acontecerá com o tempo. Gosto da ideia de que sejam instituídos os desafios, como no tênis, no futebol americano e no vôlei. A tendência é que o VAR ajude até a melhorar o comportamento dos atletas em campo. Simular pênaltis, como Neymar tentou fazer contra a Bélgica (chutando a perna de seu marcador), passará a ser facilmente identificado e punido. Não foi à toa que o camisa dez do Brasil, ao se dar conta disso, levantou-se rapidamente e fez sinal para o juiz de que não sofrera falta alguma dentro da área. Duvido que fizesse algo do gênero senão houvesse o árbitro de vídeo. Viva o VAR. Longa vida à nova estrela do futebol.
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