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Copa 2018

Onde estão as figuras mais marcantes da última Copa do Mundo?

Do UOL, em São Paulo

04/06/2018 04h00

Cada uma das Copas do Mundo tem seus personagens inesquecíveis, e na edição de 2014 não poderia ter sido diferente. Mas o que aconteceu com as figuras mais marcantes do último Mundial? Onde estão Mauricio Pinilla, o atacante chileno que quase foi herói contra o Brasil, ou Tim Krul, o goleiro holandês especializado em pênaltis? A vida dos destaques da Copa passada mudou bastante nos últimos quatro anos: teve quem subiu na vida e se consagrou, mas também quem nunca mais voltou ao nível em que estava naquela época.

Confira na lista abaixo:

  • Keylor Navas e a vitrine da Copa

    Talvez nenhum dos outros destaques tenha dado pulo tão grande na carreira por ocasião da Copa do Mundo de 2014. Navas já tinha sido eleito o melhor goleiro do Campeonato Espanhol com o Levante (ESP), é verdade, mas foi a grande campanha com a Costa Rica no Mundial que aguçou o interesse de grandes clubes. Ele chegou às quartas de final (eliminação nos pênaltis para a Holanda) e um mês depois foi contratado pelo Real Madrid. Inicialmente seria reserva de Casillas, mas herdou a vaga do ídolo em 2015 e demorou para ganhar a confiança da torcida. Hoje tem três taças de Liga dos Campeões no currículo.

  • Camilo Zuñiga e o pós-joelhada

    Todo torcedor lembra da joelhada de Zuñiga em Neymar, nas quartas de final do Mundial 2014. Ele sofreu insultos racistas e ameaças de morte à época, por isso chegou a andar com escolta na Colômbia. O lateral reencontrou o craque brasileiro algumas vezes desde então, sem ressentimentos. Do Napoli (ITA), onde jogava há quatro anos, Zuñiga foi ao Watford (ING) por uma temporada e de lá voltou ao Atlético Nacional (COL). Ele não atua por sua seleção desde a Copa América de 2015 e não vai à Rússia.

  • Mauricio Pinilla, a um centímetro do sonho

    Lembra daquela bola na trave nas oitavas de final contra o Chile? Por muito pouco a seleção brasileira não caiu precocemente na Copa em casa - talvez tivesse sido melhor, quem sabe? O caso é que aquele chute marcou tanto Mauricio Pinilla que o atacante fez uma tatuagem do lance. De 2014 para cá, ele rodou pelo futebol italiano até voltar à Universidad de Chile no ano passado. Chegou a ser convocado para parte das Eliminatórias para o Mundial, mas a seleção chilena não conseguiu se classificar.

  • Tim Krul, o pegador de pênaltis

    Reserva de Cillessen na Copa de 2014, o goleiro holandês foi herói nas quartas de final contra a Costa Rica. Ele entrou nos acréscimos da prorrogação, exclusivamente para a disputa de pênaltis, e defendeu dois - na fase seguinte, por azar, a Holanda precisou gastar as três substituições contra a Argentina e acabou caindo nos pênaltis. Após a Copa, Krul seguiu no Newcastle (ING) por mais três anos; então voltou ao futebol holandês e foi parar na reserva do Brighton & Hover, time da elite inglesa. Ele não é convocado para a seleção desde outubro de 2015.

  • Miroslav Klose, goleador aposentado

    O centroavante está na história da Copa do Mundo como artilheiro máximo, com 16 gols. Marcou em quatro edições e ultrapassou Ronaldo Fenômeno na lista de goleadores justamente no Alemanha 7 x 1 Brasil. Após o Mundial, anunciou aposentadoria da seleção e continuou atuando apenas pela Lazio (ITA), clube do qual é o maior artilheiro estrangeiro (64 gols). Aposentado, foi convocado a "apresentar" a taça da Copa no sorteio da Fifa. Esta mesma taça, conquistada em 2014, foi o único título internacional de uma carreira não tão estrelada - no mais, só Nacionais e copas domésticas.

  • David Luiz, o choro e o povo

    O zagueiro foi a cara da seleção brasileira durante em 2014, tendo jogado todos os minutos da campanha. Ele foi herói instantâneo pela espontaneidade, ganhou a torcida jogando lesionado, e ainda fez gols nas oitavas e nas quartas de final. A semifinal contra a Alemanha, bom, desta a gente lembra bem? Depois do pranto por não ter dado alegria ao povo e da própria Copa, David Luiz foi ao PSG (pelo qual tinha sido contratado durante o torneio). Desde então foi campeão várias vezes, mas só foi convocado à seleção enquanto durou a "era Dunga". Nesta temporada jogou pouco no Chelsea, e tem futuro indefinido.

  • Bernard e a alegria nas pernas

    O meia-atacante começou a Copa em baixa, mas foi jogado aos leões na semifinal e acabou virando um dos símbolos da queda na semifinal. Nunca mais voltou à seleção brasileira. Um mês depois do Mundial, "sumiu" do Shakhtar Donetsk, foi chamado de "jogador de Twitter" pelo técnico e justificou-se alegando medo de voltar à Ucrânia devido ao então conflito geopolítico na região. A partir de então esteve na mira de clubes brasileiros todo ano, mas preferiu esperar o fim de contrato (neste mês).

  • Dante e o saber contestado

    Reserva da zaga convocada por Felipão, o então defensor do Bayern de Munique foi acionado na semifinal contra a Alemanha. Foi o único jogo de Copa do Mundo em que atuou na carreira, e a coisa não foi bem. Seu conhecimento sobre os alemães virou piada, e o próprio Dante declarou que os germânicos lhe "respeitavam menos" após o 7 a 1. Foi contratado pelo Wolfsburg (ALE) em 2015, e no ano seguinte pelo Nice (FRA), pelo qual foi titular nesta temporada. Não voltou à seleção brasileira neste período.

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