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Copa 2018

Consórcio ofereceu R$ 85 bi à Fifa para controlar dois torneios, diz jornal

Do UOL, em São Paulo

09/04/2018 23h20

Os valores são impressionantes. De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, a Fifa recebeu proposta de 25 bilhões de dólares (mais de R$ 85 bi) de um consórcio interessado em explorar uma versão expandida do Mundial de Clubes, além de um novo torneio internacional envolvendo seleções.

A proposta teria sido levada pelo presidente Gianni Infantino ao conselho mundial da Fifa, que ocorreu no último mês em Bogotá, na Colômbia. Segundo o NYT, os investidores cobraram uma resposta rápida da entidade, mas o conselho rejeitou a pressa na decisão.

Tal negócio seria inédito no futebol: a Fifa nunca vendeu a organização de nenhum torneio de sua chancela desde que foi criada, em 1904. Uma negociação nestes moldes representaria uma mudança radical no modo como a entidade máxima do futebol tem conduzido sua gestão nas últimas décadas.

Atualmente o modelo da Fifa visa a capitalizar sobre patrocínios, ingressos e venda de direitos de transmissão. Mas a instituição sofreu um revés histórico em 2015, quando foi alvo de um escândalo de corrupção envolvendo suas principais figuras. Infantino então foi eleito no ano seguinte, e uma de suas promessas era aumentar a lucratividade da entidade. Uma nova eleição acontece em 2019.

Não são muitos os detalhes conhecidos da proposta. Segundo o NYT, Infantino recebeu a oferta para levar o Mundial de Clubes à China e à Arábia Saudita, duas nações que estariam comprometidas em ampliar investimentos em esporte e lazer. No conselho mundial ocorrido na Colômbia, membros receberam a proposta de um torneio ampliado, que passaria a acontecer a cada quatro anos. Já a nova competição envolvendo seleções teria uma fase preliminar classificatória, uma fase regional e um torneio final reunindo os melhores países.

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