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Copa 2018

Forlán vê Brasil e Alemanha favoritos, mas cita Uruguai grande para 2018

Para atacante uruguaio, vencer os alemães "seria um momento doce" para os brasileiros após o 7 a 1 de 2014 - Shuji Kajiyama/AP Photo
Para atacante uruguaio, vencer os alemães 'seria um momento doce' para os brasileiros após o 7 a 1 de 2014 Imagem: Shuji Kajiyama/AP Photo

Do UOL, em São Paulo

16/04/2018 18h49

Em entrevista no fim de semana ao site da Fifa, o uruguaio Diego Forlán apontou Brasil e Alemanha como principais candidatos ao título da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Aos 38 anos, o veterano atacante – que atualmente joga em Hong Kong – vê os brasileiros “jogando muito bem”, e acredita que o time de Tite seria capaz inclusive de vencer os alemães após o 7 a 1 das semifinais da Copa de 2014.

“O Brasil está jogando muito bem. Eles têm um grande treinador, e Neymar tem jogador em grande forma. A maneira como ele tem jogado semana após semana o coloca em condições de logo lutar com Cristiano Ronaldo e Lionel Messi pelo posto de melhor jogador do mundo. Tite tem alguns ótimos jogadores e reconstruiu o time, agora muito mais sólido na defesa. Ele é um treinador que realmente gosta de se planejar à frente e é muito astuto taticamente. Se as coisas continuarem como estão, eles têm uma grande chance”, disse.

Questionado a respeito de um novo encontro entre Brasil e Alemanha na final de uma Copa do Mundo, Forlán “obviamente” disse acreditar em uma vitória brasileira.

“Eles são sul-americanos e eu tenho muito carinho por eles. Meu pai jogou pelo São Paulo por muitos anos (1970 a 1976). Joguei no Brasil também e fiz muitos amigos lá. Prefiro o Brasil porque são nossos vizinhos, e seria um momento doce para eles após a derrota sofrida em 2014”, disse o ex-atacante do Internacional entre 2012 e 2014.

Aposentado da seleção uruguaia desde 2015, Forlán acredita que a equipe poderá ter um “papel de protagonista” no Mundial de 2018. Na primeira fase, a equipe está no Grupo A, ao lado de Rússia, Egito e Arábia Saudita.

“O importante é passar pelo grupo, que é a parte mais difícil. Às vezes você começa perdendo a estreia, que aconteceu conosco no Brasil (3 a 1 para a Costa Rica em 2014); aí, você precisa vencer para continuar na competição. Não há adversários fáceis, mas o Uruguai tem um time bom o suficiente para estar entre os grandes”, disse. “Somos um país pequeno. Se você olhar desta maneira, então estamos em desvantagem, embora eu saiba que a maioria dos jogadores que encaram os uruguaios prefiram nos evitar.”

Ainda na entrevista, Forlán foi questionado a respeito das ausências de seleções como Itália, Holanda, Chile e Estados Unidos na Copa do Mundo de 2018. E garantiu: não ficou surpreso.

“Vencemos duas Copas do Mundo e mais edições da Copa América que qualquer outro time, e mesmo assim ficamos fora em algumas vezes. No futebol moderno, qualquer um pode vencer qualquer um. A Itália venceu a Copa de 2006 e caiu na fase de grupos em 2010 e 2014. Você não vence as coisas por causa da história, da camisa ou dos nomes na escalação; a coisa toda é o que você faz aqui e agora”, analisou.

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