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Copa 2018

Argentina e Rússia farão acordo para evitar torcedores violentos na Copa

Autoridades tentam manter barrabravas fora de estádios russos na Copa do Mundo de 2018 - Francisco Seco/AP Photo
Autoridades tentam manter barrabravas fora de estádios russos na Copa do Mundo de 2018 Imagem: Francisco Seco/AP Photo

Ramiro Scandolo

Da Reuters, em Buenos Aires (Argentina)

08/05/2018 19h39

A Argentina fará um convênio com a Rússia para enviar forças de segurança e compartilhar informações sobre 3 mil torcedores com antecedentes de violência para que os chamados "barrabravas" do país sul-americano não consigam entrar nos estádios durante a Copa do Mundo deste ano.

Uma pasta azul com letras do alfabeto cirílico prateadas e o título "Memorando de entendimento" contém o acordo que será fechado nos próximos dias, e ao qual a agência Reuters teve acesso exclusivo.

Os dois países compartilham "a vontade de criar um ambiente cordial durante o Mundial e fortalecer a cooperação entre os países, garantindo a ordem pública e a segurança", disse o convênio para a Copa do Mundo, que será disputada de 14 de junho a 15 de julho.

Segundo o acordo, "foi entregue uma lista com 400 nomes de argentinos que não poderão ingressar nos estádios, e se estima que a base de dados definitiva que enviaremos terá cerca de 3 mil", disse Guillermo Madero, diretor nacional de segurança em eventos de futebol da Argentina, à Reuters.

A base de dados inclui as pessoas que estão proibidas de entrar em estádios argentinos por terem participado de episódios de violência, entre os quais se encontram os principais "barrabravas" de Boca Juniors, River Plate e ao menos outros 40 times de várias províncias e categorias do futebol local.

As informações serão compartilhadas com as empresas aéreas e o registro de migrações da Rússia, mas as autoridades esperam que o filtro final seja a Fan Id, um documento de identidade que os proprietários das entradas terão que portar para as partidas, segundo indicou a Fifa.

"Pensamos que os barras vão viajar à Rússia mesmo assim, mas não vão poder entrar nas arenas", explicou Juan Manuel Lugones, secretário-executivo da agência de prevenção da violência no esporte da província de Buenos Aires.

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