Lesões de titulares aumentam desconfiança sobre a Rússia perto da Copa
São raras as edições de Copa do Mundo em que o público do país local não se empolgue com a própria seleção. Enquanto há quatro anos, o brasileiro esperava o hexa e terminou com o traumático 7 a 1 para a Alemanha como amarga recordação, agora os russos sequer imaginam a equipe nacional indo tão longe. Para piorar, o técnico Stanislav Tchertchesov ainda tem desfalques fundamentais para um time já com problemas.
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A Rússia anunciou a pré-lista para o Mundial com 28 nomes e veio a confirmação: três titulares considerados fundamentais estão fora por lesão. Os zagueiros Georgi Dzhikiya (Lokomotiv Moscou) e Viktor Vasin (CSKA) e o atacante Aleksandr Kokorin (Zenit), todos com problemas no joelho, acabaram descartados da convocação na última sexta-feira.
Os três atletas eram preparados para iniciar entre os 11 diante da Arábia Saudita, na abertura da Copa em 14 de junho. Dzhikiya e Vasin, por exemplo, formaram no fim do ano passado a linha de três defensores mais centralizados ao lado de Fyodor Kudryashov. Já Kokorin era parceiro de ataque de Fyodor Smolov.
Nos dois primeiros testes sem os dois defensores machucados, a Rússia se mostrou fragilizada. Foram seis gols sofridos nas derrotas por 3 a 0 para o Brasil e 3 a 1 para a França, em amistosos disputados no último mês de março. O desempenho ruim preocupa já que o setor vai encarar três jogadores do mais alto nível mundial no torneio: Mohamed Salah (Egito), Edinson Cavani e Luis Suárez (Uruguai).
A preocupação cresce também no setor mais ofensivo. Kokorin, que se machucou em março, às vésperas dos jogos com Brasil e França, disputava a artilharia do Campeonato Russo. Mesmo afastado há quase dois meses, o centroavante do Zenit São Petersburgo soma 10 gols e ainda ocupa a terceira posição no quesito ao lado do brasileiro Luiz Adriano.
Aos 27 anos e vivendo o auge na carreira – somava 19 gols na temporada até se machucar em jogo contra o Red Bull Salzburg na Liga Europa -, Kokorin assumiu um posto de titular da seleção russa ainda em 2013. Na Copa do Mundo disputada no Brasil, atuou os 90min nos três jogos e ainda anotou um gol no jogo contra a Argélia.
As três ausências só potencializam uma equipe repleta de desconfiança naquele que poderia ser um Mundial responsável por devolver certo protagonismo à Rússia. Sem disputar eliminatória por ser o país sede, o time usou amistosos e a Copa das Confederações para se testar, e os resultados se mostraram preocupantes.
A última vitória ocorreu em outubro do ano passado (4 a 2 na Coreia do Sul); desde então, cinco partidas com dois empates (Irã e Espanha) e três derrotas (Argentina, Brasil e França). Na Copa das Confederações, diante do torcedor, a seleção local venceu apenas a Nova Zelândia por 2 a 0 e acabou derrotada por México (2 a 1) e Portugal (1 a 0).
Sem vencer em 2018, a Rússia consequentemente descendeu ainda mais no ranking da Fifa. O 66º lugar a um mês da Copa do Mundo só não é pior do que o 83º da África do Sul em 2010. Cenário preocupante demais para quem durante décadas se mostrava competitivo. A Euro 2008, quando o país foi semifinalista, parece em um passado distante.
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