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'Copa não terá 48 equipes em 2022 se o Qatar não quiser', diz Infantino

Segundo presidente da Fifa, sede da próxima Copa do Mundo tem a possibilidade de antecipar ampliação no número de times - Divulgação
Segundo presidente da Fifa, sede da próxima Copa do Mundo tem a possibilidade de antecipar ampliação no número de times Imagem: Divulgação

Da EFE, em Zurique (Suíça)

04/06/2018 18h25

Classificação e Jogos

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou nesta segunda-feira que a Copa do Mundo de 2022 não terá 48 seleções se o Qatar negar mudar o atual modelo do torneio, que conta com a participação de 32 equipes.

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"Existe um contrato. Concedemos a eles um Mundial com 32 equipes e não há nenhuma possibilidade de impor 48. Os contratos existem para serem respeitos", afirmou Infantino em Zurique, na Suíça, dias antes de partir para a Rússia para a abertura do Mundial de 2018.

O Congresso da Fifa em Moscou, marcado antes de a bola rolar na próxima Copa do Mundo, vai discutir uma proposta da Conmebol de antecipar para 2022 a ampliação do número de participantes no Mundial de 32 para 48. Inicialmente, a entidade máxima do futebol decidiu aplicar a mudança apenas na edição de 2026 do torneio.

"Para mim, o que os membros do Conselho decidirem está bom. Acredito que a proposta da Conmebol é interessante e pode ser estudada, mas mais equipes significa mais sedes, mais esportes, mais transporte e é uma grande dúvida se o Qatar pode fazer isso", disse.

Questionado sobre a possibilidade de o Qatar não querer assumir uma Copa ampliada e sobre o fato de o país árabe enfrentar um bloqueio diplomático de seus vizinhos, Infantino respondeu que nenhuma proposta oficial foi feita ao governo qatariano.

O presidente da Fifa garantiu que um Mundial ampliado não irá diminuir a qualidade dos jogos. "Nesta Copa não jogarão equipes fortes como Holanda, Itália, Estados Unidos e Turquia", ressaltou. "O que não podemos fazer é não ouvir propostas", completou.

Infantino disse apoiar a ideia de a organização da Copa do Mundo ser dividida entre vários países, como já aconteceu na edição de 2002, sediada por Coreia do Sul e Japão, e pode voltar a ocorrer em 2026, com a candidatura conjunta de EUA, México e Canadá.

No congresso de Moscou, no próximo dia 13, véspera da abertura da Copa do Mundo, os membros da Fifa irão escolher se os três países da América do Norte ou Marrocos sediarão o Mundial de 2026.

O presidente da entidade máxima do futebol mundial disse que espera que os membros da Fifa façam sua escolha "pensando no jogo" e descartou qualquer influência política na decisão, apesar da intervenção direta nos debates de autoridades na questão, como o presidente dos EUA, Donald Trump.

Sobre o Mundial da Rússia, que começa no próximo dia 14 de junho, Infantino disse que está ansioso para que os russos ensinem ao mundo que vivem em um país bastante acolhedor.

"Nunca antes tinha visto um país fazer tanto, vistos para todo mundo, transporte público de graça, entusiasmo... Raramente tinha me sentido tão relaxado com a organização. Se compararmos com outros eventos do passado, estou confiante", destacou o dirigente.

Além disso, Infantino descartou qualquer risco de doping na Copa do Mundo apesar das sanções impostas à Rússia e aos atletas do país depois do escândalo revelado pelo relatório McLaren.

"Todos as medidas têm sido tomadas em comum acordo com a Agência Mundial Antidoping (Wada). Todos os jogadores estão se submetendo a análise de sangue e de urina, sem a intervenção de nenhum russo e fora da Rússia. Estamos fazendo tudo com atenção adicional por causa da situação do passado. Exatamente por isso, acredito que tudo dará certo", explicou Infantino.

O presidente da Fifa também falou sobre o sistema de vídeo-arbitragem (VAR), que será adotado pela primeira vez no Mundial da Rússia.

"Não resolve todos os problemas do futebol, mas ajuda os árbitros. Eu confio que funcionará. As estatísticas são claras: um grande erro a cada três partidas sem VAR, e uma cada 19 partidas com o VAR", concluiu.

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