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Copa 2018

Contra o México, Alemanha estreia como a seleção a ser batida na Copa

REUTERS/Lisi Niesner
Imagem: REUTERS/Lisi Niesner

Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

12/06/2018 17h39

Tetracampeã mundial, a Alemanha chega à Copa do Mundo de 2018 sobre um pedestal. Neste domingo (17), às 12 horas (de Brasília), os atuais campeões colocam seu favoritismo à prova na estreia contra o México, no estádio Luzhniki, em Moscou.

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O respeito pelo futebol alemão se dá não tanto pelo que fez há quatro anos, no Brasil, mas pelo que tem feito desde então. A continuidade do trabalho do treinador Joachim Löw rendeu título da Copa das Confederações, campanha exemplar nas Eliminatórias e mais uma renovação da seleção. Por esses motivos, os atuais campeões vão à Rússia com favoritismo. "Nós somos a caça; toda seleção quer vencer os atuais campeões", reconheceu o atacante Marco Reus na última semana.

O técnico do México ressalta o respeito pela Alemanha, mas não se amedronta. "O sonho de ganhar é maior [que o respeito]. Temos que jogar pelo amor à vitória e não por medo de perder", declarou Juan Carlos Osorio, que cobra nada menos do que uma "partida perfeita" para sua equipe ter chances na estreia.

Nem é para menos. No atual ciclo da Copa do Mundo, do tetracampeonato até hoje, os alemães disputaram 30 jogos oficiais e perderam três (para Polônia e Irlanda, nas Eliminatórias para a Eurocopa; e para a França, na própria Euro). A queda na semifinal do torneio continental foi o único revés de fato que a Alemanha amargou nos últimos quatro anos. Nas Eliminatórias para a Copa, um passeio: 100% de aproveitamento em dez jogos; na Copa das Confederações, ainda mais: título invicto com a equipe reserva.

Os Jogos Olímpicos não estão nesta conta, mas podem servir de exemplo do rejuvenescimento da seleção de Joachim Löw. Três dos que jogaram na Rio-2016 estarão na Rússia (Ginter, Süle e Brandt). Um dos artilheiros naquela ocasião, Serge Gnabry só não vai porque faltou vaga, como faltou para Leroy Sané.

As caras novas são muitas, portanto não espere ver em campo a seleção alemã de quatro anos atrás: só dez campeões de 2014 voltam ao Mundial, menos da metade do grupo – um deles é o goleiro Neuer, que deve ser titular. Pela ampla renovação, a Alemanha se distancia das várias seleções campeãs que pagaram o preço do envelhecimento na Copa seguinte.

Além do momento atual, a camisa alemã também pesa. Um dado interessante é a presença constante dos alemães na reta final da Copa do Mundo. Bobeou, eles estão lá. Estiveram em todas as semifinais desde 2002, feito ainda mais impressionante em um período no qual o torneio teve bastante diversidade: outras dez seleções se revezaram nas 12 vagas restantes.

É claro que tudo isso não garante nada. Recentemente, aliás, a seleção de Löw acumulou cinco amistosos sem vencer (perdeu inclusive para o Brasil). Não se ganha Copa do Mundo de véspera, mas é consenso que a Alemanha está entre as favoritas. Pode até ser que o desempenho na Rússia fique abaixo do esperado – o futebol tem dessas coisas, afinal –, mas os alemães sempre conheceram muito bem o caminho e chegam ao Mundial como a seleção a ser batida. Lá vem eles de novo.

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