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Portugal no topo do mundo? CR7 tenta feito que falta para carreira perfeita

Melhor momento da história? Portugal chega à Copa de 2018 como campeão da Euro 2016 e com o melhor jogador do mundo - Robert Hradil/Getty Images
Melhor momento da história? Portugal chega à Copa de 2018 como campeão da Euro 2016 e com o melhor jogador do mundo Imagem: Robert Hradil/Getty Images

Emanuel Colombari

Do UOL, em São Paulo

12/06/2018 13h47

Cristiano Ronaldo tem pouca coisa a provar na carreira. Cinco vezes eleito melhor jogador do mundo, campeão das últimas três edições da Liga dos Campeões da Europa (2016, 2017 e 2018), principal responsável por levar Portugal ao título da Eurocopa de 2016. Falta apenas a Copa do Mundo. E o astro do Real Madrid, que chega à Rússia com 33 anos, sabe que esta deve ser sua última chance.

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Pode não parecer, mas Cristiano Ronaldo já não é o mesmo jogador de anos atrás. E ele mesmo admite. Exemplo disso: em entrevista publicada pelo jornal espanhol El Mundo no início de 2016, Cristiano disse não saber quanto tempo ainda teria de carreira como jogador – poderiam ser "cinco, seis, sete ou dez anos".

E o tempo passa até para aqueles que se cuidam, como Cristiano Ronaldo. Em entrevista publicada em fevereiro de 2018 pela revista italiana GQ, ele mesmo deixou claro: “é claro que certas coisas que fazia aos 20 anos já não consigo fazer mais. É preciso encontrar um equilíbrio, e são os pequenos detalhes que fazem a diferença”.

Portanto, é preciso antever a possibilidade: a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, deve ser a última de Cristiano Ronaldo. Na próxima, em 2022, o português já terá 37 anos, e é impossível prever em que condições o astro estará jogando.

O que se pode dizer é que o Cristiano Ronaldo do presente chega ao Mundial em solo russo jogando em altíssimo nível. Não apenas pelo que mostrou pelo Real Madrid, mas também pelo que exibiu pela seleção portuguesa.

Na Eurocopa de 2016, por exemplo, o astro marcou três gols em seis jogos e foi um dos vice-artilheiros do torneio. Embora tenha se machucado ainda no primeiro tempo da final contra a França, demonstrou uma atuação voluntariosa durante toda a competição. Na decisão, os portugueses venceram os anfitriões franceses por 1 a 0 e conquistaram o mais importante título de sua história.

Nas eliminatórias para a Copa de 2018, fez 15 gols e, considerando todos os continentes, foi de novo o vice-artilheiro – Robert Lewandowski (Polônia), Mohammed Al-Sahlawi (Arábia Saudita) e Ahmed Khalil (Emirados Árabes Unidos) marcaram 16 vezes cada. Os lusos passaram com algum aperto por seu grupo: na última rodada, venceram a Suíça por 2 a 0 e empataram justamente com os suíços em 27 pontos, faturando a liderança e a vaga direta no saldo de gols (28 a 16).

Por conta da reta final da temporada europeia, Cristiano Ronaldo se apresentou depois dos companheiros à seleção. Ausente dos amistosos contra Tunísia (2 a 2 em 28 de junho) e Bélgica (0 a 0 em 2 de junho), o camisa 7 se uniu aos companheiros em 4 de junho. Na “estreia”, três dias depois, ajudou o time do técnico Fernando Santos a vencer a Argélia em Lisboa por 3 a 0, com direito a cruzamento para um dos gols.

Portugal, é bom que se diga, não chega à Copa do Mundo como exército de um homem só. André Silva (Milan) marcou nove gols nas eliminatórias, enquanto Gonçalo Guedes (Valencia) vem de nove assistências no Campeonato Espanhol. Mas caso decepcione na Rússia, a equipe não terá tão cedo outra possibilidade de conquistar um novo resultado histórico. Na Euro-2016, a chance não escapou.

A seleção de Portugal está no Grupo B da Copa do Mundo, ao lado de Espanha, Marrocos e Irã. Pela ordem, os lusos enfrentarão os espanhóis (dia 15, em Sochi), os marroquinos (dia 20, no Estádio Luzhniki em Moscou) e os iranianos (dia 25 em Saransk). Se passar, pega uma seleção do Grupo A (Rússia, Egito, Uruguai e Arábia Saudita).

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