Com técnico demitido às vésperas, Espanha tenta superar crise interna

Uma notícia bombástica abalou o elenco da Espanha às vésperas da Copa do Mundo. O técnico Julen Lopetegui foi demitido dois dias antes da estreia da Fúria no Mundial. A Federação Espanhola (RFEF) não digeriu o acordo feito pelo treinador com o Real Madrid, na quarta-feira.

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Para o duelo contra Portugal, nesta sexta-feira, às 15h (horário de Brasília) os espanhóis terão como comandante o ex-jogador Fernando Hierro.

O elenco da Espanha tentou demover a decisão de demitir Lopetegui. Mas o presidente da Federação local, Luis Rubiales, entendeu que Lopetegui cometeu “traição imperdoável”, ao negociar e fechar contrato com o Real sem consultar a seleção.

"As negociações [entre Lopetegui e Real] ocorreram sem nenhuma informação para a Federação. Apenas 5 minutos antes da nota oficial [do Real Madrid]. Existe uma forma de atuar que precisa ser cumprida", justificou Rubiales.

Em meio à crise interna, o zagueiro Sergio Ramos tratou de minimizar a mudança no comando.

“Representamos um escudo, umas cores, uma torcida, um país”, escreveu o atleta nas redes sociais.

Como jogador, Hierro virou ídolo do Real Madrid ao defender o clube por 14 anos e esteve presente na seleção espanhola nas quatro edições da Copa do Mundo compreendidas entre 1990, quando não entrou em campo, e 2002, quando se despediu como capitão.

Como treinador, ele tem uma breve experiência como auxiliar de Carlo Ancelotti no Real em 2014-2015 e uma temporada à frente do Oviedo (2016-2017).