Chutaram o Suárez do futebol como um cachorro, diz capitão do Uruguai
Na última partida do Uruguai pelo grupo D, na Copa-2014, no Brasil, após disputa contra o zagueiro Giorgio Chiellini, da Itália, Luis Suárez avançou e mordeu o adversário. O lance escapou dos olhos da arbitragem da partida, mas foi flagrado pelas câmeras na Arena das Dunas, em Natal, e rendeu punição posterior ao atacante. No duelo seguinte, a seleção celeste, desfalcada de seu principal jogador, foi eliminada nas oitavas de final pela Colômbia.
Arrependido, Suárez admitiu que errou no lance, comprometendo a equipe, mas recebeu um dos maiores ganchos suspensivos da história do futebol, afastado por nove jogos oficiais. E entre os uruguaios o caso e as consequências ainda incomodam.
- Brasil estreia às 15h deste domingo; veja a tabela
- Simule os classificados e o mata-mata do Mundial
- Super-heróis: Marcelo sofreu com 7 a 1 e ganhou peso
Para o capitão da seleção do país, o zagueiro Diego Godín a pena foi excessiva. Ele reconhece o erro do companheiro, mas diz em tom de indignação: “Eles o expulsaram da Copa do Mundo, chutaram-no como um cachorro”, afirmou, em entrevista ao jornal britânico 'The Guardian', antes da estreia do Uruguai no Mundial da Rússia-2018.
O país enfrenta o Egito nesta sexta (15), pelo grupo A, às 9h (horário de Brasília), na Arena Ekaterinburg.
Godín disse que a campanha neste ano, com Suárez garantido, será diferente do torneio anterior. “Eu tenho certeza que, se o que ocorreu contra a Itália não houvesse acontecido, a história teria sido outra”, declarou. “Primeiro, perdemos nosso melhor jogador. Segundo, tudo que aconteceu nos atrapalhou. Foi difícil de atravessar a situação, de vê-lo morto, chorando, caído, expulso da Copa do Mundo. Todo o país afundou, indignado — e só falamos sobre isso até o jogo contra a Colômbia”.
Segundo o uruguaio, o caso da suspensão do companheiro mostra a interferência dos cartolas sobre o esporte. “Muito se passa no futebol, as pessoas não podem imaginar o que você vive. Os assuntos políticos são poderosos, e eu posso garantir que algumas coisas que os torcedores não entendem são disputadas em outros ‘campos’, que não são o campo de jogo. São nos escritórios. E foi assim que aconteceu com o Luis [Suárez], estou certo disso”, afirmou.
“Não estou falando sobre o jogo propriamente, mas coisas como suspensões, decisões. Em campo, é a bola, os jogadores. Há um juiz que pode cometer erros, mas isso é conosco.”
No gramado ao lado de jogadores dos melhores clubes da Europa, Godín disse que o Uruguai chega à Rússia sonhando alto. “É minha terceira Copa do Mundo e eu estou motivado, minhas expectativas são mais altas do que antes. Eu acho que nós temos atletas em um bom momento, com os quais podemos competir. Temos que vencer o primeiro jogo: começar com força sempre é fundamental.”
A última vez que a seleção celeste venceu o Mundial foi em 1950, no Brasil, quando derrotou os anfitriões por 2 a 1 no episódio que ficou conhecido como 'Maracanazo'. “Podemos vencer outra Copa do Mundo, por que não?”, questionou Godín.
“Eu estou convencido que para [o goleiro] Fernando Muslera, [o lateral] Martín Cáceres, [o meia] Cristian Rodríguez, Suárez, [o atacante] Edinson Cavani e eu, este é o momento. Temos experiência, maturidade, nós estamos todos em boa forma, jogando em times que competem por títulos, e temos um elenco temperado com jogadores mais jovens vindo aí”, concluiu o capitão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.