Com Copa inchada, Conmebol quer manter fórmula das eliminatórias
Com o aumento da Copa para 48 times em 2026, a América do Sul terá seis vagas e meia no Mundial, contra quatro e meia atualmente - a meia é disputada com outras confederações. Isso em um continente em que há apenas dez seleções. Ainda assim, a Conmebol pretende manter intacta a fórmula das eliminatórias de todos contra todos.
Atualmente, os dez times jogam em turno e returno, todos contra todos. Ao final, classificam-se os quatro primeiros e outro disputa uma vaga adicional. Com seis vagas garantidas, apenas três times ficariam com certeza de fora.
Questionado sobre o assunto, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse que discutiria a questão com a Conmebol, mas a entidade sul-americana é que tem a palavra final. Além disso, o próprio Infantino defende a força da concorrência dentro do continente.
"As eliminatórias da América do Sul são difíceis. Se tiver nove classificados em 10 times, ainda assim será difícil", disse ele, logo após o anúncio da Copa-2026 nos EUA, México e Canadá. Boban, vice-secretário-geral da Fifa, entende que continuará a haver disputa porque as seleções vão querer ser campeãs das eliminatórias.
Na Conmebol, o entendimento é que o atual formato classificatório é benéfico para as seleções. Primeiro, financeiramente, eles podem vender os direitos de nove partidas para as televisões, além de aproveitar a bilheteria. Os jogos duros também ajudam a moldar times.
Por isso, há a decisão de manutenção da fórmula. Inicialmente, os próprios dirigentes cogitavam mudanças na fórmula por conta da Copa inchada. Mas, agora que esta é certa, isso parece descartado a não ser que ocorra uma mudança de cenário.
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