Conmebol faz pressão para tirar Coronel Nunes do Conselho da entidade
A Conmebol enviou um documento pedindo oficialmente que o presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, explique porque votou no Marrocos, quebrando acordo de apoiar a candidatura dos EUA, México e Canadá. O movimento é uma pressão da confederação sul-americana para tirar Nunes do Conselho da Conmebol. A questão é que até o momento essa pressão não tem efeito dentro da CBF.
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Pelo estatuto da Conmebol, o Conselho tem que ser composto pelos dez presidentes de federações nacionais. Mas só em abril o Coronel Nunes assumiu seu cargo substituindo Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol. Bastos substituía o então presidente Marco Polo Del Nero que não podia viajar. Quando Del Nero foi excluído do futebol pela Fifa, o Coronel Nunes assumiu de vez o posto.
Irritada com o Coronel, a Conmebol pediu explicações e, dependendo da resposta, avalia que pode abrir um procedimento ético contra ele em seu comitê. Mas entende que não seria preciso chegar a esse ponto se a CBF se antecipar e retirar Nunes do Conselho, colocando em seu lugar o presidente eleito da confederação brasileira, Rogério Caboclo.
A questão é que, no momento, não existe esse movimento dentro da CBF. Nunes é o presidente e portanto só sairá se ele mesmo abrir mão do cargo. Fontes na confederação veem esse movimento como difícil e ninguém deu nenhum passo nesse sentido até agora. Caboclo já está com a seleção brasileira.
Outra questão é saber como a confederação sul-americana poderia enquadrar o Coronel Nunes por quebrar o código de ética. Afinal, ele votou em candidatura diferente, mas não cometeu nenhum ato de corrupção ou desvio, principais motivos para um dirigente ser afastado.
Apesar de o Estatuto da confederação sul-americana afirmar que o Conselho será formado pelos dez presidentes, mais uma vez seria dado um "jeitinho" para acomodar um não presidente da CBF no órgão -- hoje Caboclo é "apenas" o diretor executivo da entidade. Como já informado pela própria Conmebol, se não houver nenhuma alteração, Nunes segue no cargo do Conselho apesar do constrangimento.
A próxima reunião do Conselho da Conmebol está prevista para agosto, na Bolívia.
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