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Melhor do jogo, goleiro egípcio fez sua 1ª partida oficial pela seleção

El Shenawy, goleiro do Egito, faz boa defesa em jogo contra o Uruguai - HECTOR RETAMAL/AFP
El Shenawy, goleiro do Egito, faz boa defesa em jogo contra o Uruguai Imagem: HECTOR RETAMAL/AFP

Do UOL, em São Paulo

15/06/2018 12h23

Formada especialmente por jogadores que atuam no futebol local, a seleção egípcia vem atraindo a atenção da mídia internacional por dois motivos. O primeiro, a presença do astro Salah, que joga no Liverpool e se recupera de lesão. A segunda, a possibilidade de o goleiro Essam El-Hadary ser escalado e se tornar o jogador mais velho a atuar numa Copa do Mundo, aos 45 anos. Evitando polêmicas, o técnico Hector Cuper preferiu esconder as duas informações. Só revelou em cima da hora sua escolha por aquele que viria a ser eleito pela Fifa o melhor jogador da derrota por 1 a 0 para o Uruguai: o desconhecido goleiro Mohamed El Shenawy.

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Para contar a história do goleiro, é importante chamá-lo sempre por nome e sobrenome: Mohamed El Shenawy. É que, até abril, o goleiro titular do Egito era um jogador de nome bastante parecido: Mohamed Al Shenawi. Aos 27, o jogador do Zamalek tinha tudo para ser o camisa 1 na Copa, mas sofreu uma grave lesão no ligamento do joelho, em abril, e deu adeus ao Mundial.

A ausência abriu uma vaga de terceiro goleiro no elenco da seleção egípcia e acabou sendo natural que uma oportunidade fosse dada a Mohamed El Shenawy. Aos 29 anos, ele chegou a ser reserva em alguns amistosos em 2014 e 2016, e recentemente assumiu a titularidade do Al Ahly, clube mais popular do Egito, atual tricampeão e dono da zaga menos vazada do campeonato.

Não havia mais tempo para testes e, em maio, o técnico Hector Cuper resolveu convocar Mohamed El Shenawy para a Copa, fazendo-o vencer a concorrência de Mohamed Awad, do vice-campeão Ismaily. Além dele, também foram lembrados o veterano El-Hadary, e Sherif Ekramy, seu reserva no Al-Ahly e sem ritmo de jogo. 

Ao mesmo tempo, a escalação de El-Hadary, aos 45 anos, vinha causando preocupações no Egito. O ídolo já não tem a mesma condição física de outros tempos e levou alguns gols considerados fáceis de impedir por seu clube, na Arábia Saudita. Há um sentimento de que El-Hadary, que defende a seleção desde 2002 e nunca jogou uma Copa do Mundo, merece essa oportunidade antes de se aposentar. Mas que é importante garantir a segurança do time.

Por isso Mohamed El Shenawy foi escalado nesta sexta-feira e não decepcionou. Mesmo nunca tendo jogado uma partida oficial pelo Egito e tendo pela frente um dos ataques mais badalados do mundo, sobressaiu-se sobre Suárez e Cavani. Foi corajoso ao sair aos pés do astro do Barcelona duas vezes e teve sorte quando falta batida pelo jogador do PSG parou na trave. Quando acionado num chute de longe de Cavani, fez grande defesa

Acabou eleito pela Fifa o melhor da partida, apesar do gol sofrido aos 44 minutos do segundo tempo, em cabeceio certeiro de Giménez, que foi para as redes sem a menor chance de defesa para o goleiro. 

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