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Cueva estraga a festa, mas é abraçado por peruanos na Rússia

Cueva é consolado pelos companheiros de seleção no túnel para o vestiário após perder pênalti - Adam Pretty - FIFA/FIFA via Getty Images
Cueva é consolado pelos companheiros de seleção no túnel para o vestiário após perder pênalti
Imagem: Adam Pretty - FIFA/FIFA via Getty Images

Julio Gomes

Do UOL, em Saransk (Rússia)

16/06/2018 14h56

Eram mais de 30 mil peruanos enlouquecidos nas arquibancadas. A comoção pela volta à Copa do Mundo após 36 anos se sentia no ar. Após um dia inteiro de festa na pequena cidade de Saransk, a menor das sedes russas, havia chegado a hora da explosão. Christian Cueva toma distância para cobrar o pênalti, que ele mesmo havia sofrido e que o árbitro só apontou após rever a repetição do lance na lateral do campo, com ajuda dos assistentes de vídeo. Corre, bate e manda a bola na arquibancada.

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O gol coroaria a boa atuação de Cueva diante da Dinamarca, que acabou vencendo por 1 a 0. Conhecido pela instabilidade - dentro e fora de campo - com a camisa do São Paulo, o meia peruano estava no “dia sim”.

Nitidamente contagiado, como todo o time do Peru, pela vibração vindo das arquibancadas. Cueva ofuscou completamente Eriksen, badalado meio do Tottenham. Deu ritmo ao time, fez assistências, mostrou dinamismo. A força oriunda do público, contudo, terminou como o único motivo para comemoração.

"Foi uma felicidade enorme ver o estádio daquele jeito, depois de tantos anos o Peru voltando a uma Copa do Mundo. Foi lindo. Ao mesmo tempo, triste. Estavam meus pais ai vendo o jogo", declarou.

Mas...

O meia acabou jogando água na festa peruana com o pênalti perdido. Após a frustração inicial, a torcida passou a gritar o nome de Cueva até o fim do primeiro tempo. Quando o juiz apitou, Cueva saiu chorando de campo, consolado pelos companheiros.

"Fiquei muito triste. Mas acho que voltei jogando bem no segundo tempo, jogando com responsabilidade. Deveríamos ter ganhado o jogo, mas o futebol é assim. Fomos melhores, são coisas que acontecem", afirmou

Guerrero, que entrou bem no segundo tempo e quase salvou o dia com um toque de calcanhar que beliscou a trave, foi um dos mais ativos na tentativa de fazer Cueva levantar a cabeça.

O jogador são-paulino seguiu sendo parte importante da partida, mas já parecia querer resolver as coisas sozinho, talvez para se redimir do pênalti chutado para fora. A perna pesou no fim.

O Peru pressionou, a torcida continuou elétrica, mas a bola não entrou.

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