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Espanha se fortalece após caos com Lopetegui e mantém candidatura ao título

Fernando Hierro, técnico da Espanha, agradece a torcida após estreia na Copa do Mundo - Manu Fernandez/AP
Fernando Hierro, técnico da Espanha, agradece a torcida após estreia na Copa do Mundo Imagem: Manu Fernandez/AP

Dassler Marques, João Henrique Marques e Ricardo Perrone

Do UOL, em Sochi

16/06/2018 04h00

A crise foi instalada e, para alguns meios espanhóis, chegou a ser definida como 'a maior da história'. Bastou a bola rolar, porém, para que a Espanha desse uma demonstração de força e unidade no empate em 3 a 3 com Portugal, sexta-feira, em Sochi. O resultado fortalece novamente a candidatura da Fúria ao título na Rússia. 

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"Foi uma situação que ninguém gostaria de viver. Mas começou a Copa e estamos focados e unidos. Falamos o mínimo possível entre a gente. Houve reunião entre várias pessoas e o presidente disse que precisava tomar a posição. A partir disso, não temos o que falar", descreveu o zagueiro Piqué, um dos sub-capitães da Espanha. 

O discurso de união, repetido por vários outros jogadores, ganhou mais força na boca de Fernando Hierro. O ex-diretor que virou treinador para a vaga deixada por Lopetegui repetiu inúmeras vezes que dirige um grupo onde todos são importantes - e ele não trocaria nenhum por Cristiano Ronaldo. "Sou muito orgulhoso dos meus. Tenho uma grande relação com ele [Cristiano], é um rapaz extraordinário, mas não trocaria por nenhum dos meus", frisou o comandante.

As primeiras atitudes de Hierro, que precisou escolher dois auxiliares e um preparador físico para recompor a comissão técnica na semana da estreia, mostraram que seu comando será de sequência. Nomes que eram debatidos, mas Lopetegui escolheu, como Nacho na lateral, Koke no meio e Diego Costa no ataque, foram mantidos e contribuíram positivamente. O brasileiro, autor de dois gols, saiu em defesa do time, que viveu um clima quente internamente.

"Se você olhar pelo time que temos e jogadores que estão aqui na competição, sim, somos favoritos", cravou Diego, criticado entre os espanhóis e que sai fortalecido da estreia.   

Não apenas na formação, mas também no estilo, Hierro manteve o trem nos trilhos sem promover grandes modificações. A prova é que a posse de bola, característica marcante da Fúria, foi acima de 60% na estreia e permitiu o controle do jogo sobretudo na etapa final. 

"Animicamente temos que estar muito orgulhosos dos rapazes. Reagimos a um resultado saindo atrás do marcador e demonstramos caráter, orgulho e personalidade. Demonstramos ser uma equipe madura, que não duvida, que sabe o que quer, que sabe como joga e há muito tempo está jogando junta. Que tem sua personalidade e dá gosto quando você tem jogadores com essa maturidade e personalidade. É personalidade, caráter e orgulho. Eles não duvidam de suas características, do que querem e isso é muito importante", descreveu Hierro. 

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