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Copa 2018

Experiente, Costa Rica pega desfalcada Sérvia para tentar ser zebra de novo

Jogadores da Costa Rica posam para foto antes de amistoso contra a Bélgica - Emmanuel Dunand/AFP
Jogadores da Costa Rica posam para foto antes de amistoso contra a Bélgica Imagem: Emmanuel Dunand/AFP

Do UOL, em São Paulo

16/06/2018 21h00

Se um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, a Costa Rica tentará desafiar a lógica e fazer uma campanha semelhante com a realizada na Copa do Mundo do Brasil a partir deste domingo (17). E o primeiro desafio dos Ticos, como são apelidados, passa pelo embate contra a Sérvia, no primeiro jogo do Grupo E do Mundial da Rússia, às 9h (horário de Brasília), na Arena Samara.

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Por mais que a maior parte dos atletas da equipe titular já tenha atingido a faixa dos 30 anos, a seleção costarriquenha tem como ponto forte o entrosamento. Do time titular de 2014, que chegou até as quartas de final da Copa do Mundo, oito atletas (Navas, Duarte, González, Gamboa, Tejeda, Borges, Bryan Ruiz e Bolaños) deverão estar entre os 11 iniciais escalados pelo técnico Óscar Ramírez, no mesmo esquema 3-5-2 que fez sucesso há quatro anos.

Mesmo consciente que as expectativas sobre a Costa Rica subiram desde o último Mundial, o treinador acredita que a campanha deste ano deve ser construída jogo a jogo.

"Em 2014, conseguimos a nossa melhor marca em Copas do Mundo, mas isso é outra história. Agora temos que construir uma que começa amanhã. O importante é ganhar para ter chances. É sobre isso que pensamos, não em chegar às quartas de final, para começar a escrever amanhã, contra a Sérvia, uma nova história”, afirmou.

Entretanto, o ceticismo em relação aos Ticos aumentou nos últimos dias por conta das derrotas sofridas em amistosos antes da Copa para Inglaterra (2 a 0) e Bélgica (4 a 1). O capitão Giancarlo González argumentou que os resultados foram usados de forma positiva na preparação antes do Mundial.

"Somos maiores que isso e temos a ideia de jogo definida. Foi preciso analisar o que aconteceu. A Bélgica era um grande rival igual a Sérvia será amanhã. Esperamos ter afinado detalhes e poder levar os três pontos", disse.

Interrogação dentro e fora de campo

Se há quatro anos a Costa Rica sabia que seria zebra contra Inglaterra, Uruguai e Itália, não dá para afirmar a mesma coisa sobre a Sérvia. A partida marcará a estreia de Mladen Krstajic como técnico em uma competição oficial.

Krstajic - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Ex-interino, o técnico de 42 anos assumiu a Sérvia após a saída de Slavoljub Muslin, que foi demitido mesmo após comandar a equipe nas Eliminatórias da Copa por não convocar o meia Sergej Milinkovic-Savic.

Perguntado sobre sua falta de experiência, Krstajic afirmou que está preparado para o cargo. "Dormi bem nos últimos dias e asseguro que dormirei tranquilo na véspera da estreia, pois fizemos três semanas de boa preparação. Não faço diferença entre partidas oficiais valendo pontos e jogos de preparação. Então, esta história se tenho ou não experiência pouco importa".

As interrogações não serão vistas apenas no banco de reservas. Krstajic esperará até o último momento para definir o time que irá a campo em Samara. Desfalcado de Spajic e Zivkovic para o jogo contra a Costa Rica, o técnico está em dúvida entre o lateral Rukavina e o jovem Milenkovic (20 anos) na equipe titular, e também sobre a possibilidade de escalar Milinkovic-Savic (23 anos) já no início do jogo.

Capitão da equipe, Alexandar Kolarov garantiu que independentemente de quem entrar no gramado, os jovens também terão o apoio dos jogadores mais velhos. "O que vale é o que se faz em campo. Buscaremos ganhar os jogos com os mais novos. Direi aos garotos que eles merecem estar aqui, pois têm qualidades e personalidade. Não haverá problema", afirmou o lateral esquerdo de 32 anos.

Costa Rica e Sérvia não são as favoritas do Grupo E. Por mais que suas classificações não sejam bem uma surpresa, o desempenho das seleções no jogo de domingo certamente mostrará o que esperar das equipes para os jogos contra Brasil e Suíça.

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