Primeira africana a vencer em Copas, Tunísia sonha com segunda vitória
Era dia 2 de junho de 1978. A seleção de um país independente há apenas 22 anos entrou em campo em Rosário, na Argentina, para seu primeiro jogo de Copa do Mundo. Depois de 90 minutos, a equipe deixou o gramado com um resultado histórico: ao vencer o México por 3 a 1, a Tunísia tornou-se a primeira seleção africana a vencer uma partida na mais importante competição do futebol. Quarenta anos depois, os tunisianos se inspiram naquela equipe para, em seu quinto Mundial, tentar sua segunda vitória.
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Ausente da competição desde 2006, a Tunísia persegue uma segunda vitória há 40 anos. Depois de derrotar o México, a Tunísia perdeu para a Polônia por 1 a 0 e encerrou sua campanha de forma digna ao empatar com a Alemanha Ocidental, que defendia o título, por 0 a 0. Uma campanha surpreendente de um país que demoraria duas décadas para se classificar novamente. A Copa do Mundo só voltou a ver a Tunísia em 1998.
A seleção do norte da África passou três edições seguidas, de 1998 a 2006, tentando repetir a vitória de sua estreia. Nas três oportunidades caiu na primeira fase com um empate e duas derrotas. "Todas as pessoas na Tunísia, crianças e idosos, conhecem a história daquela epopeia de 1978", diz o jornalista Walid Nalouti. "Mesmo quem não tinha nascido naquela época sabe falar sobre o time que disputou aquele Mundial", afirma. Uma história que começou sofrendo gol de pênalti do México aos 45 minutos do primeiro tempo. E que transformou-se em virada com gols aos 10, 32 e 45 da etapa final.
"Temos jogadores muito bons, que trabalham duro e merecem um grande resultado na competição", diz o técnico Nabil Maaloul. Em uma chave com duas favoritas destacadas, Bélgica e Inglaterra, a adversária desta segunda-feira, 15h, a melhor chance dos tunisianos está na partida contra o Panamá, dia 28. A seleção da América Central está na mesma situação em que a Tunísia esteve 40 anos atrás, de disputar sua primeira Copa. Mas que também tem suas ambições. "Não viemos à Copa para trocar camisas", disse o meia panamenho Valentín Pimentel.
Mais do que vencer pela segunda vez em Copas, a primeira desde 1978, é demais para a Tunísia, que ainda está muito longe da Inglaterra, campeã de 1966, e de uma seleção, a Bélgica, que chega credenciada pela geração que é provavelmente a mais talentosa que o país já teve e busca repetir o feito de 1986, quando alcançou as semifinais. "Estamos prontos para desempenhar nosso melhor papel", diz Maaloul. Veremos a partir desta segunda-feira.
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