Topo

Bélgica

Bélgica "reinventa" até escanteios curtos para derrubar retranca panamenha

Eden Hazard, da Bélgica, cobra escanteio contra o Panamá em vitória por 3 a 0 - Julian Finney/Getty Images
Eden Hazard, da Bélgica, cobra escanteio contra o Panamá em vitória por 3 a 0 Imagem: Julian Finney/Getty Images

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/06/2018 21h00

Você pode não gostar, mas, sim, a "geração belga" teve uma das melhores estreias na Copa do Mundo de 2018. Apesar de demorar um tempo para conseguir furar a retranca do Panamá, a Bélgica praticou futebol leve, ofensivo e largou no Mundial com um 3 a 0 nesta segunda-feira. Além disso, apresentou um vasto repertório de jogadas ensaiadas em lances de bola parada. Tudo para confundir os altos zagueiros do time latino.

- "Foi exatamente como esperávamos", exalta técnico da Bélgica
- Treinador diz que Panamá perdeu "com dignidade"
- Zagueiro fica satisfeito com a "entrega" dos panamenhos

1ª tentativa

Jogada ensaiada 1 da Bélgica contra o Panamá - Reprodução/SporTV - Reprodução/SporTV
Imagem: Reprodução/SporTV

Aos cinco minutos, é Eden Hazard quem assume a cobrança de escanteio, novamente pela direita. Nenhum belga cruza a linha de entrada da área e deixam seis panamenhos perdidos. Um deles vê Lukaku correndo em direção a Hazard para receber toque curto, mas não vê que o centroavante já estava marcado. Mertens, de novo, entra sozinho no bico da área e quase marca.

2ª tentativa

Jogada ensaiada 2 da Bélgica contra o Panamá - Reprodução/SporTV - Reprodução/SporTV
Imagem: Reprodução/SporTV

Aos seis minutos, Kevin de Bruyne foi para a bola em escanteio pela direita. Um belga se aproxima como se fosse receber cobrança curta. Um panamenho percebe e o acompanha de perto. Na área, quatro europeus se enfileiram, contra cinco latinos, da metade para a esquerda do campo. De Bruyne bate rasteiro, em profundidade, no lado direito da área, por onde Dries Mertens entra sozinho, carrega a bola e chuta com perigo.  

3ª tentativa

Jogada ensaiada 3 da Bélgica contra o Panamá - Reprodução/SporTV - Reprodução/SporTV
Imagem: Reprodução/SporTV

Aos 21 minutos, outro escanteio ensaiado, agora pela esquerda. De novo com Hazard na batida. A Bélgica volta a mandar os atletas mais altos para a área. Três deles seguram três panamenhos, que deixam ainda duas duplas marcando Lukaku e Mertens. Ou seja, são oito contra cinco. De Bruyne vem caminhando da intermediária defensiva, aparece na meia-lua e recebe sozinho de Hazard. O chute sai por cima.

Essas foram as três primeiras cobranças de escanteio dos belgas. Nenhuma com cruzamento direto para a área. A quarta foi curta, com tentativa de cruzamento rápido, quando os zagueiros do Panamá já se posicionavam mais longe do gol, preocupados com essas infiltrações de trás. A surpresa não funcionou. Só na quinta tentativa é que os Diabos Vermelhos apostaram em uma batida convencional.

No segundo tempo, outros lances ensaiados foram apresentados. Em um deles, Hazard imitou uma jogada comum no Napoli para encontrar Mertens. O atacante, que joga no time italiano, fica na ponta da área oposta ao escanteio, recebe a cobrança e bate de primeira. 

Além da Bélgica, do técnico espanhol Roberto Martínez, quem também mostrou trabalho fora do comum em jogadas de bola parada foi o México. Assim como já havia praticado no São Paulo em 2015, Juan Carlo Osorio marcou escanteios da Alemanha, no último domingo, com quatro ou cinco jogadores. A ideia é deixar meio time pronto para contra-atacar. Assim, os adversários mandam menos gente para a área e as chances de sair em velocidade, no mano a mano, aumentam.

Bélgica