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Já com 3 gols, CR7 mira marca do xará Ronaldo do penta em 2002

Cristiano Ronaldo comemora o segundo gol de Portugal diante da Espanha em jogo pelo Grupo B da Copa de 2018 - Ueslei Marcelino/Reuters
Cristiano Ronaldo comemora o segundo gol de Portugal diante da Espanha em jogo pelo Grupo B da Copa de 2018 Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Marcel Rizzo

Do UOL, em Moscou

19/06/2018 21h00

Cristiano Ronaldo começou a Copa-2018 em velocidade máxima, com três gols contra a Espanha, rival mais forte de Portugal no Grupo B. improvável imaginar que ele mantenha a média, mas como é um jogador que se motiva a superar marcas há uma a ser alcançada: ultrapassar a barreira dos oito gols do xará brasileiro em 2002.

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Desde a Copa de 1978, na Argentina, somente uma vez, no Mundial de 2002, o artilheiro marcou mais de seis vezes. Foi justamente Ronaldo que no Japão e na Coreia do Sul anotou oito vezes na campanha vitoriosa do Brasil. Esse número está ao alcance do astro do Real Madrid, por tudo que fez na estreia e pelos dois confrontos teoricamente mais fáceis de Portugal até o fim da primeira fase (Marrocos e Irã).

Em 1974, o polonês Lato foi o artilheiro da Copa da Alemanha com sete gols. Depois disso, em uma sequência incrível de seis Copas (de 1978 a 1998),  o artilheiro sempre fez seis gols, sozinho ou em parceria com outros jogadores. Ronaldo quebrou a escrita em 2002, mas de 2006 até 2014 fora três Mundiais em que novamente não se ultrapassou a barreira dos seis gols -- em 2014, na Copa do Mundo do Brasil, o colombiano James Rodriguez parou nos seis.

Cinco vezes eleito o melhor do mundo, campeão das últimas três Liga dos Campeões, cada vez mais superar recordes é o que motiva Ronaldo. Nesta Copa, já conseguiu feitos como o de chegar aos 84 gols por Portugal, igualando o húngaro Puskas como o segundo atleta com mais gols por seleções. Somente o iraniano Ali Daei tem número superior, com 109.

Se tornar o maior artilheiro de um único Mundial é improvável. Para ser batida a marca do francês Just Fontaine, de 13 gols em 1958, o jogador atualmente teria que fazer média de dois gols por partida, levando em conta, claro, que sua seleção fará as sete partidas chegando portanto pelo menos até a semifinal. Depois dele, na ordem os que mais marcaram: o húngaro Kocsis fez 11 gols em 1954, o alemão Gerd Müller fez dez gols em 1970 e Eusébio nove em 1966.

Claro que camisa 7 português não é o único jogador neste Mundial que pode ser o artilheiro, ou superar três gols. Vai depender muito de quanto Portugal avançar -- se cair brevemente, como nas oitavas, por exemplo, nem mesmo a estreia sensacional poderá ter ajudado. O belga Lukaku e o inglês Harry Kane marcaram duas vezes nas estreias de seus times e, quem sabe, também podem brigar por essa marca contra CR7. Já o polonês Lewandowski decepcionou e parou no zero.

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