Técnico da Costa Rica sensação de 2014 prevê menos pancadas sobre Neymar
Antecipações, chegadas na bola, dobra de marcação...para Jorge Luis Pinto, treinador de Costa Rica na histórica campanha da Copa do Mundo passada, o trabalho defensivo contra o Brasil, e principalmente Neymar, no duelo entre as duas seleções na sexta-feira, em São Petersburgo, não será semelhante ao que os suíços aplicaram na estreia. Ao UOL Esporte, o colombiano de 65 anos fala em um trabalho defensivo "com mais qualidade". E ele analisa com conhecimento de causa.
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Afinal, em chave que tinha três campeãs mundiais, em 2014, a Costa Rica dirigida por ele deixou para trás Uruguai, Itália e Inglaterra. A seleção centro-americana ainda despachou a Grécia até ser eliminada em um marcante duelo com a Holanda em Salvador, nas quartas de finais. Quatro anos depois, Jorge Luis Pinto segue desfrutando aquelas memórias e a reputação que construiu.
Depois de cair na repescagem das Eliminatórias com Honduras, Jorge se desligou e viajou à Rússia para ver 20 jogos por conta própria. Na última quarta, ele foi de ônibus de Saransk, onde viu o Japão vencer a Colômbia, até Moscou, onde acompanhou a vitória de Portugal sobre Marrocos. Logo depois, contou ao UOL sobre o que mudou de Costa Rica, a marcação em Neymar e ainda o reconhecimento que tem pelo sistema com linha de cinco que disseminou em 2014 e virou tendência em ligas europeias.
Confira os melhores trechos da entrevista com Jorge Luis Pinto:
Programação na Rússia
Estou por conta própria. Tenho tíquetes para ver 20 jogos, e já vi cinco até agora. Escolho os que gosto, os conceitos que quero ver do ponto de vista futebolístico e tático, e os jogos de Colômbia, claro. Estou colaborando em um programa de opinião com a Fox e escrevo para minha página web.
O que chamou atenção nesses jogos?
Muitos conceitos diferentes. O time mais compacto e equilibrado que vi é a Alemanha. Há potências que não sabem defender resultados, como Portugal e Espanha. Os times menores se preparam melhor hoje em dia, igual às potências. Acabo de sair de um jogo em que Marrocos jogou bem, controlou bem. Se [Cristiano] Ronaldo não tivesse feito um gol, porque correr ele não corre muito...enfim, também gostei da Islândia, do México...
Costa Rica após 4 anos
Não pude ver Costa Rica x Sérvia porque viajei no dia e estava em outro jogo. Vi alguns vídeos e precisaria ver ao vivo. Mas minhas equipes jogam mais adiantadas, são mais dinâmicas e pressionam mais. A base de jogadores é 90% do que tivemos. Ureña, no time titular, é a única novidade, porque comigo era suplente.
O que o Brasil pode esperar de Costa Rica?
Terá outra tônica em relação aos jogos da estreia. Costa Rica não pode empatar e o Brasil tem que promover intensidade de jogo, porque é Brasil, porque busca classificação. É muito marcado esse conceito, essas condições de jogo que digo. Costa Rica certamente tomará muito cuidado para não receber um gol no início da partida e depois vai tentar controlar um pouco mais.
Marcação sobre Neymar não será violenta
Neymar pode se sentir tranquilo. Ele não será golpeado como foi contra a Suíça. Será melhor marcado, com mais qualidade. Costa Rica sabe como marcar, sabe como fazer dobras, antecipar...não é uma defesa bruta, é mais técnica. Costa Rica vai acentuar seu bloqueio defensivo, claro, é normal, afinal é o Brasil.
As melhores memórias de 2014
A produtividade da equipe, a estrutura tática que mostramos ao mundo. O carinho do povo brasileiro com Costa Rica, especialmente em Santos, onde ficamos. Foi muito especial. Também tivemos o reconhecimento da parte futebolística, os meios do Brasil mostraram isso ao mundo.
Como foi montada a linha de 5 de Costa Rica
Foi uma decisão tática pelos jogadores que tínhamos no campeonato mundial. Sei que muitas equipes jogaram assim desde então. A Alemanha na Copa das Confederações, algumas equipes alemãs, o Tottenham, o Chelsea foi campeão inglês assim. É um reconhecimento.
O melhor cenário para aplicar esse sistema
Em que o time prefira se sentir mais seguro, que não seja super defensivo. É um sistema que a equipe tem que jogar adiantada e saber pressionar à frente, senão não é bom. Se joga muito atrás, fica com muitos jogadores longe do gol adversário e dá muitos espaços no meio-campo.
Como abordou e avançou no Grupo da Morte
Nossa equipe foi muito bem preparada taticamente, fisicamente e mentalmente. Não tivemos temor das potências. O futebol mudou muito [a distância para os times pequenos diminuiu].
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