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CBF desliga assessor que agrediu torcedor e o manda de volta para o Brasil

Fachada do restaurante em São Petersburgo, palco da discussão que terminou em agressão de dirigentes da CBF - Pedro Ivo Almeida/UOL
Fachada do restaurante em São Petersburgo, palco da discussão que terminou em agressão de dirigentes da CBF Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL

Dassler Marques, João Henrique Marques, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Petersburgo (Rússia)

22/06/2018 07h17

A CBF decidiu mandar de volta para o Brasil o funcionário que agrediu um torcedor brasileiro na noite da última quinta-feira, em confusão em São Petersburgo, palco do jogo do Brasil nesta sexta, contra a Costa Rica. Gilberto Barbosa, conhecido como Giba, estava acompanhando o presidente da entidade, Coronel Nunes, quando usou um copo de vidro para agredir um torcedor no restaurante Stroganoff Steak House, em episódio relatado por funcionários do estabelecimento e confirmado por dirigentes brasileiros.

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O caso pegou muito mal para a CBF. Giba era assessor direto do presidente Coronel Nunes, que também foi protagonista da confusão. Ciente da grande repercussão do episódio, a entidade agora tenta isolar Giba, assessor da presidência. Ele já foi desligado da delegação que está na Rússia e agora aguarda apenas a definição do voo de volta para embarcar rumo ao Brasil. O funcionário ficou no hotel nesta sexta-feira e não acompanhará a partida do Brasil no estádio.

De acordo com relatos do gerente do restaurante, Andrey Filatov, e de funcionários da CBF, a confusão começou quando um torcedor se dirigiu ao Coronel Nunes de maneira agressiva. O cartola reagiu, foi atingido e o empurra-empurra terminou com a agressão de Giba com um copo de vidro. O torcedor em questão teve de receber atendimento médico e a polícia foi chamada. 

Funcionários e o gerente do restaurante ficaram revoltados com o comportamento dos dirigentes brasileiros, que haviam reservado espaço no local de forma antecipada. A delegação da CBF se retirou antes da chegada da polícia russa, contrariando pedidos para que permanecessem no local. Segundo representantes da Polícia Federal na Rússia, não houve registro de ocorrência.

A reportagem conseguiu contato com o presidente da comissão de médicos da CBF, Jorge Pagura, que esteve no restaurante. Ele confirmou que houve um incidente, mas não quis dar detalhes do ocorrido. Dez horas depois do ocorrido, a entidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.