Topo

Panamá

Herói do Panamá caiu com o Grêmio e usou Copa para vender carro

Felipe Baloy fez o gol de honra do Panamá contra a Inglaterra - Maja Hitij - FIFA/FIFA via Getty Images
Felipe Baloy fez o gol de honra do Panamá contra a Inglaterra Imagem: Maja Hitij - FIFA/FIFA via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

24/06/2018 10h41

Tudo bem que a Inglaterra já vencia por 6 a 0, mas Felipe Baloy tinha motivos para chorar ao marcar o gol de honra do Panamá neste domingo (24). É que o tento feito aos 32 minutos do segundo tempo, após cruzamento de Ávila, foi o primeiro da história do país em Copas do Mundo. O zagueiro não controlou a emoção e chorou na comemoração.

Copa-2018: Assista aos gols de Inglaterra 6 x 1 Panamá

Simule resultados da última rodada e quem vai às oitavas 
Neymar S/A: a engrenagem por trás do maior jogador de futebol do Brasil
- De ídolo a homem de negócios, Ronaldo tem tudo a ver com a seleção atual

Talvez nem nos seus melhores sonhos Baloy, que é zagueiro e raramente vai às redes, tenha imaginado marcar um gol em Copa do Mundo. Afinal, tudo levava a crer que sua carreira se encerraria sem sequer participar de um Mundial.

Em outubro, o Panamá levou 4 a 0 dos Estados Unidos e praticamente deu adeus à chance de ir à Copa. No intervalo daquele jogo, Baloy perderia a vaga no time titular. Quatro dias depois, ele seria reserva diante da Costa Rica, num jogo das Eliminatórias que entrou para a história. O que parecia impossível aconteceu: o Panamá venceu com gols nos acréscimos e os EUA conseguiram a façanha de perderem para a lanterna Trindad & Tobago. Panamá estava na Copa.

Aos 37 anos, o zagueiro, que já pensava em se aposentar da seleção, adiou os planos. Defendendo a equipe principal de seu país desde 2001, Baloy faz parte de uma geração que ultrapassou a marca de 100 jogos pelo Panamá: ele, o goleiro Penedo, o zagueiro Torres, os meias Gómez e Cooper, e os atacantes Pérez e Tejeda.

Como a maioria de seus colegas, que jogaram em clubes pequenos da Europa, médios da América do Sul e/ou grandes da América Central e do Norte, Baloy é um peregrino da bola. O único que atuou no Brasil. Após passar pela Colômbia, ele foi titular do Grêmio em uma das piores fases do clube gaúcho, quando foi rebaixado no Brasileirão de 2004. Não ficou para a Série B e seguiu para o Atlético-PR, onde jogou pouco antes de se transferir para o México. 

Baloy tenta vender carro - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Foram 11 temporadas em clubes mexicanos até 2016. Atualmente, Baloy defende o Nacional, da Guatemala. Em quase 20 anos como profissional, conquistou um bom padrão de vida, deixando isso claro durante a Copa do Mundo. O zagueiro já estava na Rússia quando usou o modo Stories do Instagram para anunciar que estava vendendo seu carro, um Acura TLX, sedan de luxo.

Panamá