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"Neymar tem que parar com palhaçada", diz capitão campeão com Alemanha

Neymar em lance contra Costa Rica: críticas de Lothar Matthäus - REUTERS/Marcos Brindicci
Neymar em lance contra Costa Rica: críticas de Lothar Matthäus Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci

Do UOL, em São Paulo

30/06/2018 09h30

Capitão da Alemanha na conquista da Copa do Mundo de 1990, o ex-jogador Lothar Matthäus criticou, em coluna publicada neste sábado (30) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o comportamento de Neymar em campo durante a primeira fase da Copa do Mundo da Rússia.

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Segundo sua avaliação, o Brasil tem Neymar como seu maior destaque, mas atitudes dele dentro de campo, às quais chamou de “palhaçadas”, podem prejudicar a seleção no decorrer do Mundial.

Lothar Matthäus durante evento em Moscou - Kirill Zykov/Moscow News Agency via AP - Kirill Zykov/Moscow News Agency via AP
Lothar Matthäus durante evento em Moscou
Imagem: Kirill Zykov/Moscow News Agency via AP
“Fiquei impressionado com Inglaterra, Croácia e Bélgica, e de certo modo, Brasil, que tem atletas de qualidade. Isso se aplica especialmente a Neymar. É por isso que ele não deveria sentir necessidade de provocar os outros, tentando cavar pênaltis, ou de rolar cinco ou seis vezes no gramado após ter sofrido uma falta. Ele precisa parar com as palhaçadas, que podem prejudicá-lo pondo os fãs contra ele e deixando os juízes menos inclinados no futuro a apitar rapidamente quando ele parecer sofrer falta”, escreveu.

Sobre a Alemanha, eliminada ainda na primeira fase, Matthäus viu problemas desde a escolha dos jogadores até à preparação. Segundo ele, muitos jogadores estavam fora de forma.

“Não havia um único jogador alemão em plena forma. A maioria estava com problemas - exaustão, idade, lesão, falta de confiança. Isso se aplica aos que supostamente deveriam liderar a equipe, como Boateng, Müller, Khedira e Özil. Neuer foi o único que fez jus às expectativas. Nada esteve em ordem na Alemanha - nem no ataque nem na defesa. Não houve espírito de equipe, apenas vulnerabilidade e desentendimento”, disse.

“Löw confiou em jogadores experimentados, mas já antigos, e investiu pouco nos novos talentos que passamos a admirar na Copa das Confederações. A Alemanha padeceu de falta de frescor, de ritmo, de elemento surpresa. O fato de quatro dos cinco últimos campeões falharem na fase de grupos tem a ver com complacência e motivação insuficiente. Löw precisa enfrentar problemas difíceis e, sobretudo, renovar o time. Fez excelente trabalho no passado, mas agora está de novo sob forte pressão. Compreenderia perfeitamente se dissesse que vai deixar o cargo”, completou.