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Tabárez não descarta escalação de Cavani e joga favoritismo para a França

Óscar Tabárez evitou falar sobre a possível ausência de Cavani no decisivo duelo contra a França - HENRY ROMERO/Reuters
Óscar Tabárez evitou falar sobre a possível ausência de Cavani no decisivo duelo contra a França
Imagem: HENRY ROMERO/Reuters

Júlio Gomes

Colaboração para o UOL, em Nizhny Novgorod (Rússia)

05/07/2018 13h56

O técnico da seleção uruguaia, Óscar Tabárez, não descartou a presença do atacante Edison Cavani na partida contra a França, nesta sexta, às 11h (de Brasília), em Nizhny Novgorod. O jogo abre as quartas de final da Copa do Mundo.

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Depois de fazer os dois gols da vitória sobre Portugal, Cavani sentiu uma lesão e precisou ser substituído. Só voltou a treinar na véspera da partida e separadamente dos companheiros. A imprensa uruguaia dá a ausência dele como certa.

“Cavani é muito importante para nós, mas logo absorveu o que aconteceu com ele e começou a trabalhar para buscar seus sonhos. A lesão foi informada de maneira precisa em dois comunicados. Em 24 horas, saberemos quem vai estar no time titular. Eu também não sei quem vai jogar no lugar do francês que está suspenso (Matuidi), não irei dar informações”, falou Tabárez.

O técnico fez muitos elogios à seleção francesa, à “grandeza” do técnico rival, Didier Deschamps, que elogiou o Uruguai e até mesmo ao país. Tratou de jogar o favoritismo para o outro lado.

“Como diz a canção popular, nunca favoritos, sempre vindo de atrás. É nossa realidade e nos orgulha, é a base do nosso esforço. Estamos com uma vontade barbara de jogar e tentar. Se conseguimos, será maravilhoso ter vencido uma das grandes seleções do mundo. Esse é o pensamento positivo que temos”, disse Tabárez.

“A França é muito poderosa. E é um país com vínculos antigos com o Uruguai. O primeiro idioma que me ensinaram foi o francês. O primeiro gol em 1930, em Montevidéu, foi feito por um francês. Dos grandes times, é o que mais nos procura e quis jogar conosco. Isso mostra o respeito. Quando eu trabalhava para a Fifa, em 98, me mostraram o centro de formação, visitei Clairefontaine e muitas coisas usamos para o nosso próprio processo de trabalho.”

Sobraram elogios também para seu próprio país, sobre a maneira como as pessoas e os jogadores vivem o futebol no Uruguai. E também sobre a retomada de bons resultados nesta década, com direito a semifinal de Copa (2010) e título de Copa América (2011), após anos e anos perdendo protagonismo.

“Muito importantes a paixão, o resgate da nossa história e o trabalho com os juvenis. 300 mil pessoas todos os fins de semana vão jogar bola, assistir. Não se existe essa paixão em outro lugar, isso é o mais importante que nós temos”, comentou o técnico, que destacou também o espírito de união dos jogadores uruguaios.

“A maneira como eles brincam, se divertem… é o mesmo que fazem com a família deles. São amigos. Eu acredito nessas coisas, sobretudo quando estamos falando de gente que, na hora do profissionalismo, não se confunde. Jogadores mais tranquilos têm maior possibilidade de tomar decisões certas dentro do campo. Contra isso, nenhum rival pode fazer nada.”

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