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Tite restringe rodízio de braçadeira e evita Neymar capitão após amarelo

Miranda e Thiago Silva têm sido os mais assíduos da braçadeira após estreia com Marcelo - AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
Miranda e Thiago Silva têm sido os mais assíduos da braçadeira após estreia com Marcelo Imagem: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

Danilo Lavieri, Dassler Marques, João Henrique Marques, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone

Do UOL, em Kazan (Rússia)

05/07/2018 04h00

Depois de entregar a braçadeira de capitão para todos os titulares e até mesmo alguns reservas, Tite reduziu o rodízio na Copa do Mundo. Nesta quinta-feira (5), o treinador anunciará o novo líder da equipe para encarar a Bélgica, no dia seguinte, em Kazan. E se Miranda e Thiago Silva se firmam como os mais cotados para a função até aqui, Neymar vai em caminho oposto. 

O camisa 10 recebeu cartão amarelo no segundo jogo da Copa do Mundo e, desde então, atua pendurado na Rússia, com risco de suspensão. O fato diminuiu as chances dele ser capitão, já que o pedido de Tite e sua comissão técnica é para que o atacante fique o mais longe possível das discussões com arbitragem e se volte apenas às quatro linhas. 

O próprio Neymar já deixou claro publicamente que não gostaria dessa carga extra de responsabilidade. Nomeado capitão por Dunga depois da Copa 2014, ele se manteve na função até a conquista da medalha de ouro olímpica. Na beira do gramado depois do título, anunciou publicamente que não carregaria mais a braçadeira. 

Tite, que à época assumiu a seleção principal, implantou o rodízio é só depois de oito partidas entregou a capitania para Neymar. O treinador explicou, antes do Brasil x Paraguai que confirmou o Brasil na Copa do Mundo, que havia convencido o atacante a aceitar a função para aquele jogo especial. Foi a única vez, desde a Olimpíada, que o camisa 10 ficou com a braçadeira. 

Principal líder do time e favorito a levantar um eventual troféu de hexacampeão na Rússia, Daniel Alves perdeu a Copa por uma lesão importante e deixou a capitania aberta às vésperas do Mundial. logo após o corte do veterano, Miranda pintava como favorito a eventual responsável por erguer a taça. A responsabilidade, no entanto, agora volta a ser um ponto de interrogação dada a mudança de rumo de Tite no assunto. 

No último amistoso antes da Copa, Tite disse em Viena que a distribuição de braçadeira já havia contemplado boa parte dos atletas e que, a partir dali, os mais experientes teriam a missão de capitanear o Brasil na Rússia.

Neste jogo contra a Áustria, Miranda foi o capitão e voltou a ser diante da Sérvia, no encerramento da fase de grupos. Na estreia, Marcelo, um dos remanescentes da Copa passada, teve a braçadeira contra a Suíça. Já Thiago Silva, o líder do time em 2014 e entusiasta declarado da capitania, esteve em jogos contra Costa Rica e México. Willian, Fernandinho e Paulinho são os outros que acumulam dois Mundiais seguidos na Rússia. 

Em reunião da comissão técnica nesta quinta, em Kazan, Tite irá discutir e anunciar o novo capitão contra a Bélgica. A experiência será mais uma vez fator decisivo.