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Copa 2018

Sandro Meira Ricci ganha destaque e tem chance de apitar final na Rússia

Brasileiro conduziu empate entre Rússia e Croácia decidido nos pênaltis pelas quartas de final - Kirill Kudryavtsev;AFP
Brasileiro conduziu empate entre Rússia e Croácia decidido nos pênaltis pelas quartas de final
Imagem: Kirill Kudryavtsev;AFP

Gabriel Carneiro e Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo e Moscou

07/07/2018 20h00

Sandro Meira Ricci apitou três jogos e atuou em mais três funções diferentes ao longo da Copa do Mundo. O brasileiro foi elogiado e chega à fase decisiva do Mundial como um dos principais candidatos para trabalhar na final do próximo dia 15, em Moscou. Ele é um dos dez profissionais com mais de uma partida entre os 36 nomeados pela Fifa e reúne uma série de atributos para a nomeação, como a familiaridade com o árbitro de vídeo e as atuações seguras no Mundial.

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Ele apitou em Croácia 2 x 0 Nigéria, na primeira rodada do Grupo D, Dinamarca 0 x 0 França, na terceira rodada do Grupo C, e Rússia 2 x 2 Croácia, pelas quartas de final. Foi, ainda, árbitro de vídeo em Tunísia 1 x 2 Inglaterra, na primeira rodada do Grupo G, terceiro assistente de árbitro de vídeo em Panamá 1 x 2 Tunísia, na terceira rodada do Grupo G, e quarto árbitro na abertura da Copa, em Rússia 5 x 0 Arábia Saudita, pelo Grupo A. Não houve marcações polêmicas ou erradas e a avaliação foi positiva em cada partida.

Além do aspecto técnico, também conta o conhecimento de Sandro Meira Ricci sobre o árbitro de vídeo - função que ele desempenhou ao longo do torneio, inclusive. O brasileiro foi o primeiro árbitro de vídeo da história da Copa Libertadores e usa a tecnologia na Conmebol, ao contrário do que ocorre com profissionais em outras federações.

Vida toma cartão de Sandro Meira Ricci - Rebecca Blackwell/AP Photo - Rebecca Blackwell/AP Photo
Croata Vida levou cartão amarelo após tirar a camisa para comemorar um gol contra a Rússia
Imagem: Rebecca Blackwell/AP Photo

Pierluigi Colina, chefe do Comitê de Arbitragem da Fifa, não tem evitado árbitros do mesmo continente das seleções que se enfrentam, que é um procedimento comum em outras Copas. Ele já escalou sul-americano para conduzir jogos de europeus, como foi com Ricci em Rússia x Croácia, e um argentino comandou a derrota do Uruguai para a França. O fato de o brasileiro ser poliglota também contribui, apesar do dia em que ele disse, em português, que o francês Giroud "puxou a camisa" de um dinamarquês.

Sandro Meira Ricci comanda sua segunda edição de Copa do Mundo. Esteve no torneio sediado no Brasil em 2014. Dos dez árbitros com três jogos apitados ou mais na Rússia, ele é um dos cinco com experiência anterior em Mundiais, ao lado de Bjorn Kuipers (Holanda), Nestor Pitana (Argentina), Mark Gieger (Estados Unidos) e Milorad Mazic (Sérvia).

Outro ponto a favor do brasileiro na disputa pela final da Copa do Mundo é que, em 2014, um dos quatro árbitros das quartas de final foi o escolhido para apitar a decisão entre Alemanha e Argentina. Foi o italiano Nicola Rizzolli. Caso a lógica se repita, Sandro Meira Ricci disputa com Pitana, Mazic e Kuipers. 

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