Técnico reconstruiu Rússia. Agora, mira semifinal para atingir as estrelas
"Stas, você é como o cosmos." A frase parece estranha, mas é o maior elogio que se pode fazer atualmente na Rússia. Antes criticado por tudo e todos, o técnico da seleção russa Stanislav Cherchesov agora é como o cosmos.
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É assim que o país passou a tratá-lo após a vitória nos pênaltis sobre a Espanha nas oitavas de final. Na Copa do Mundo de 2018, na qual tudo parece poder acontecer, nada melhor para reforçar esta tese do que a Rússia ir às quartas de final.
Depois de um ciclo de maus resultados, com direito a queda na fase de grupos da Copa das Confederações de 2017, Cherchesov foi do inferno ao céu. Hoje, é tratado como herói nacional.
Ao mudar escalações e sistemas de jogo de acordo com os adversários, tomando boas decisões durante as partidas, ganhou status de gênio tático. Ao dizer que os jogadores não estão lá para obedecer e, sim, para “jogar com coração e mente”, virou mago da motivação. E está acima de qualquer jogador na escala de heróis que está sendo construída com a campanha histórica dos donos da casa na competição.
E olha que Cherchesov conhece a história de maus resultados da seleção russa. Ex-goleiro, foi convocado para disputar as Copas do Mundo de 1994 e 2002. Foi reserva de Dmitri Kharine em 1994 (embora tenha jogado na vitória por 6 a 1 sobre Camarões nos EUA) e de Ruslan Nigmatullin em 2002. Na Eurocopa de 1992, pela seleção da CEI, foi reserva. Na edição 1996, com a Rússia, foi titular em dois dos três jogos. Nas quatro competições, a equipe do hoje treinador foi eliminada na fase de grupos.
Mas os fracassos após o fim da União Soviética ajudaram a moldar a geração que disputa a Copa do Mundo em casa. Este é um grupo que conseguiu canalizar a energia que toma conta do país. Muito por conta do trabalho feito pela comissão técnica de Cherchesov, que construiu um grupo unido para não decepcionar em casa.
“Jogadores e comissão técnica trabalham em conjunto em busca do objetivo. Somos um. Somos como uma grande família. Isso trouxe os resultados”, afirmou o zagueiro Ilya Kutepov, em entrevista exibida na quinta-feira (5) pelo Jornal Nacional, da Rede Globo.
Aos 54 anos, Stanislav Cherchesov formou um time que está a ponto de entrar para a história, repetindo o feito da antiga URSS, que chegou à semifinal da Copa de 1966. Ninguém ousa comparar os nomes desta geração com aquela, que ganhou a Eurocopa de 1960 e foi vice em 1964, mas o fato é que as alegrias estão se repetindo. Talvez o céu seja o limite para um técnico hoje comparado ao cosmos.
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