Trippier faz Inglaterra lembrar de ídolo Beckham, mas gol não leva à final
A semifinal da Copa do Mundo tinha apenas cinco minutos de bola rolando e poucos imaginariam que naquele momento sairia um gol. Falta na entrada da área. Kieran Trippier vai para a bola com precisão e manda perto do ângulo. Um golaço. O estádio Luzhniki, em Moscou, com sua maioria inglesa, explode. O gol fez todo mundo se lembrar de David Beckham, ídolo de toda a Inglaterra e também do jogador, mas não serviu para levar os ingleses para a final. A Croácia se recuperou e conseguiu vencer por 2 a 1 na prorrogação.
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Apesar da derrota, durante o jogo, as redes sociais foram inundadas com comparações de que Trippier é o ‘Beckham de Bury’, cidade do interior da Inglaterra onde nasceu o atleta considerado por muitos o melhor lateral direito desta Copa. Trippier se destacou na partida pela atuação e pela cobrança de falta. Não à toa ganhou a nota mais alta da seleção inglesa segundo sites do país.
Era quase inevitável lembrar de Beckham, conhecido nos clubes onde atuou e na seleção inglesa por bater bem na bola e pela qualidade nas bolas paradas e nos cruzamentos. Até os companheiros de seleção, como Eric Dier, já admitiram as semelhanças.
Trippier não esconde de ninguém que é um grande fã do ícone inglês e que, inclusive, tentava copiá-lo. Quando era da base do Manchester City, assistia ao meio campista pela televisão e passava horas e horas no campo tentando acertar os cruzamentos como ele fazia. Beckham, que fez história na mesma cidade, porém no rival United, sempre foi a sua inspiração pela técnica e movimentação. Até hoje, ele diz que adoraria conhecê-lo por ser um grande fã.
Beckham também tinha como um dos pontos altos a qualidade nos passes e nas assistências para os companheiros. Papel que caiu como uma luva para Trippier durante a Copa, apesar de não ser badalado como Harry Kane ou como Jordan Pickford.
Trippier foi um dos destaques da seleção inglesa na campanha rumo à semi. Deu assistências e foi decisivo nas vitórias sobre Tunísia, Panamá e Suécia, esta última nas quartas de final. Ainda foi o jogador com mais ‘passes-chave’ no torneio atrás apenas de Neymar e do espanhol Isco, segundo a Fifa. Trippier atuou em cinco das seis partidas do time inglês e foi poupado contra a Bélgica.
Além da qualidade, o rápido crescimento do lateral direito também chamou a atenção. Ainda pouco conhecido até desembarcar na Rússia, Trippier só chegou à seleção inglesa em junho do ano passado. Antes da Copa, havia feito apenas sete jogos com o time. Mas o técnico Gareth Southgate apostou nele.
Até bem pouco tempo atrás, ele disputava nada menos que a segunda divisão inglesa. O lateral direito fez a sua categoria de base no Manchester City, mas nunca foi aproveitado pela equipe. Acabou indo por empréstimo para o Barnsley, em 2010. Ainda foi comprado pelo pequeno Burnley. Mas, em 2015, o jogo virou. Trippier se destacou, conquistou prêmio individuais e chamou a atenção do Tottenham, que comprou seus direitos. De lá para cá, conseguiu mostrar seu valor, barrou o Walker há duas temporadas no Tottenham e hoje experimentou durante parte do jogo a sensação de ser um herói inglês.
A virada da Croácia, no entanto, estragou a noite russa de Trippier. Para piorar, o lateral se machucou no fim da partida e precisou ser substituído. Deixou o campo escorado nos membros do departamento médico da seleção inglesa. E, assim como seu ídolo Beckham nos tempos de jogador, viu o sonho de ser campeão mundial continuar só como um objetivo.
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