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Ativistas que invadiram final da Copa são indiciados; saiba quem são

Dejan Lovren se irrita com invasão de campo durante a final da Copa do Mundo de 2018, em Moscou - Catherine Ivill/Getty Images
Dejan Lovren se irrita com invasão de campo durante a final da Copa do Mundo de 2018, em Moscou Imagem: Catherine Ivill/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

16/07/2018 10h33

Após invadirem o gramado na final da Copa do Mundo entre França e Croácia no último domingo, as integrantes do grupo feminista Pussy Riot foram indiciadas na Rússia. Segundo o próprio grupo, quatro pessoas passaram a noite em uma delegacia de polícia.

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Em publicação nas redes sociais, o grupo relatou que as pessoas que ficaram detidas na delegacia não tiveram boas condições para dormir, comer e tomar banho. Ainda de acordo com o grupo, as autoridades russas não deixaram as pessoas conversarem com o advogado.

Os autores da invasão poderão ser multados em 10 mil rublos (R$ 618) e 1500 rublos (R$ 92,75). Além disso, eles serão levados ao tribunal para enfrentar as acusações de “ofensas administrativas”.

Três mulheres, todas vestidas de terno, e um homem, também de gravata, invadiram o gramado do Luzhniki enquanto a Croácia armava um contra-ataque. De acordo com o Pussy Riot, os protestantes representavam as forças policias russas.

Um dos invasores tentou abraçar o zagueiro Lovren, que chegou a ser puxado pelo braço, e demonstrou enorme descontentamento. Os seguranças logo entraram no gramado atrás dos invasores. Um deles se jogou no chão e se recusou a se levantar. Acabou deixando o campo arrastado.

O Pussy Riot, que assumiu a ação, é um grupo de punk-rock feminista russo que se tornou conhecido por realizar mobilizações, conhecidas como flash mobs, de provocação política, especialmente em Moscou. O grupo protesta contra regularmente contra a legislação russa tida como machista e contra o líder Vladimir Putin.

As três mulheres são Nika Nikulshina, Olga Kurachyova e Olga Pakhtusova. O homem é Pyotr Verzilov, marido de Nadezhda Tolokonnikova, integrante do grupo.

Confira a publicação do grupo Pussy Riot:

Atualizações em A ação no campo de futebol.

1. Quatro membros do Pussy Riot passaram a noite toda na delegacia (note que não houve condições de dormir, comer, tomar banho, etc).
2. Ativistas têm que ser levados hoje às audiências, mas os funcionários não nos dão informações onde e quando este processo acontecerá.
3. A polícia não deixa o nosso advogado, Nikolay Vasilyev, ver os ativistas detidos, não deixam falar com eles. É contra a lei, todo mundo tem o direito de conversar com um advogado.
4. Casos de contravenção. Os ativistas são acusados de dois casos de contravenção (até 15 dias de detenção).
5. Possível artigo criminal. Pelo menos duas fontes da polícia informaram à imprensa russa (RBC) que os funcionários iniciaram um procedimento legal para verificar se o caso criminal pode ser aberto ou não.

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