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Antes da Copa, jogadores cantaram hit de Maluma para "desafiar" Sampaoli

Contestações a Sampaoli ocorreram antes mesmo do Mundial na Rússia - Julio Muñoz/EFE
Contestações a Sampaoli ocorreram antes mesmo do Mundial na Rússia
Imagem: Julio Muñoz/EFE

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/07/2018 14h52

A relação entre Jorge Sampaoli e os jogadores convocados para defender a Argentina se deteriorou na Copa do Mundo da Rússia. Entretanto, os problemas nasceram bem antes do embarque para o Mundial, conforme contou Jorge Miadosqui, secretário de seleções da Associação do Futebol Argentino (AFA). Os atletas até usaram de ironia para contestar as decisões do treinador.

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De acordo com Miadosqui, que também é presidente do Club Atlético San Martín, jogadores reclamaram da ideia inicial de Jorge Sampaoli para o decisivo jogo contra o Equador, pela última rodada das eliminatórias sul-americanas, de maneira peculiar. O treinador queria escalar três zagueiros, enquanto os atletas preferiam uma linha de quatro homens.

“Contra o Equador houve uma situação. O técnico queria jogar com uma linha de três, enquanto os jogadores com uma linha de quatro. Aí, eles cantavam para Sampaoli ‘Felices los 4’”, contou o dirigente, em entrevista concedida à TNT.

‘Felices los 4’ é um hit mundial do cantor Maluma, famoso no mundo do reggaeton e pop latino. Dentro da seleção argentina também era comum atletas cantarem a mesma canção e postarem nas redes sociais. Nomes como Sergio Agüero e Lionel Messi já compareceram a shows do astro.

Aliás, Miadosqui tratou de minimizar o papel de Messi na formação do time argentino na Copa do Mundo. A imprensa argentina discutiu por semanas sobre a influência da estrela do Barcelona na convocação e na escolha dos titulares durante a competição.

“Há um técnico que armou a equipe, não creio que Messi decidiu como e nem com quem jogar”, assegurou o dirigente, antes de confessar os problemas de relacionamento entre Sampaoli e o assistente Sebastián Beccacece.

“Teve uma situação particular que fez o corpo técnico se partir. Era como um casamento em que as duas pessoas não se falavam, como dirigentes não soubemos resolver”, completou.

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