Ativistas são detidos de novo segundos após libertação por invasão na Copa
Quatro membros do grupo ativista Pussy Riot foram detidos de novo imediatamente após terem sido libertados no caso de invasão a campo na final da Copa do Mundo. Eles tinham servido 15 dias de detenção antes de serem reconduzido por policiais russos, segundos após deixarem a prisão.
Três ativistas, Veronika Nikulshina, Olga Kuracheva e Olga Pakhtusova, chegaram a comemorar a liberdade por alguns segundos, mas logo foram forçadas a entrar num automóvel da polícia logo em seguida. O quarto envolvido, Pyotr Verzilov, libertado em outro centro de detenção, escreveu em suas redes sociais que foi levado por policiais a uma delegacia próxima ao estádio Luzhniki, onde o grupo tinha sido originalmente detido no último dia 15, após invadir o gramado na decisão do Mundial.
Pakhtusova publicou um vídeo nas redes sociais em que aparece ao lado das companheiras, dentro da viatura policial (veja abaixo). “Logo após a saída do centro de detenção, eles nos acusaram de desrespeitar a lei 20.2 [sobre protestos públicos]. Não disseram nada, só nos colocaram na van e nos levaram embora”, conta a ativista.
A lei a que ela se refere proíbe “organização ou realização de reuniões, encontros, demonstração, marchas, protestos ou piquetes” na Rússia. Legalmente, qualquer pessoa pode levantar cartazes e se manifestar na rua, por exemplo, mas a prática vira crime no momento em que uma segunda pessoa a adere. Tal regra chegou a ser relaxada durante a Copa do Mundo, principalmente para que os torcedores pudessem celebrar os jogos sem risco de prisão.
O quarteto do Pussy Riot foi condenado a 15 dias de prisão logo após a invasão a campo na Copa do Mundo, sendo também banido de frequentar eventos esportivos pelos próximos três anos. A nova detenção, no entanto, não tem a ver com o episódio na final disputada entre França e Croácia em Moscou.
Na ocasião, os quatro ativistas correram para dentro do campo durante a segunda etapa da partida, à qual o presidente russo Vladimir Putin assistia das tribunas. O grupo alega ter se tratado de um protesto justamente contra Putin, além de exigir várias concessões políticas que inclui a libertação de companheiros presos e o fim de detenções em protestos pacíficos.
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